CRED conclui que “não que há condições para a realização de eleições distritais em 2024”

DESTAQUE POLÍTICA

Foi essa a “sentença” saída da boca da ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Mateus Kida, que estranhamente assumiu a posição de porta-voz da Comissão de Reflexão das Eleições Distritais em 2024 (CRED), durante a apresentação dos resultados e consensos alcançados no fim dos primeiros 15 dos 45 dias estabelecidos para o efeito.

“A CRED recomenda que não se realizem as primeiras eleições distritais em 2024”, disse Helena Kida, para depois acrescentar que a comissão recomenda igualmente que se aprofunde o diálogo ao mais alto nível com as forças políticas da oposição no sentido de buscar consensos sobre a inexistência de condições para o alastramento do modelo de governação descentralizada em implementação desde 2019 para os distritos.

Estranhamente, a conclusão da CRED é apresentada no fim dos primeiros 15 dias e faltando ainda 30, mas mesmo assim, a ministra garante que foram os 14 membros da comissão ouviram em apenas cinco dias todas as sensibilidades da sociedade moçambicana em todas as 11 províncias do país e assegura que houve uma amostra significativa.

O CRED tinha como missão estudar a pertinência ou não da realização das eleições distritais previstas para o ano 2024, conjuntamente com as eleições presidenciais, legislativas e provinciais, colocadas no comando constitucional.

A CRED é composta por 14 membros, entre eles estão membros do executivo governamental e outros que publicamente já se opuseram à realização destas eleições e tinha até 45 dias para trabalhar porém, em pouco menos da metade este órgão trouxe resultados.

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