As adjudicações milionárias do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) para aluguer de viaturas na província de Cabo Delgado e com indícios de sobrefacturação para empresas detidas por empresários ligados ao partido no poder deixaram questionamentos no seio da sociedade civil. Nesta sexta-feira, 06 de Maio, o Governo, através do Ministério da Economia e Finanças, cancelou o concurso público através do qual o STAE pretendia alugar 21 viaturas por 88 milhões de meticais.
De acordo com o portal Carta de Moçambique, foi através da Direcção Nacional de Património do Estado (DNPE), instituição chancelada pelo Ministério da Economia e Finanças (MEF), que o Executivo notificou o STAE sobre o cancelamento daquele concurso público avaliado em 88 milhões de meticais
“Foi notificado o STAE de Cabo Delgado para o cancelamento da adjudicação e recomendamos que caso haja disponibilidade orçamental para o efeito, seja instaurado um novo processo para aquisição de viaturas, ao abrigo do Regulamento de Contratação Publica e dentro dos limites estabelecidos para aquisição de viaturas”, `garantiu à Carta, fonte ligada ao processo citada pelo Domingo.
Por outro lado, uma outra fonte citada pelo Domingo, garante que o Ministério da Economia e Finanças criou uma equipa para fazer uma análise presencial dos procedimentos dos procedimentos de contratação que deixaram os moçambicanos.
Refira-se que, reagindo ao alegado favorecimento do partido no poder nas adjudicações para o aluguer de transportes para o funcionamento dos órgãos eleitorais das autarquias nas províncias de Cabo Delgado e Zambézia, o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dom Carlos Matsinhe, defendeu que não há irregularidade nas adjudicações, tendo referido que as reclamações do seio das organizações da sociedade civil derivam da falta do conhecimento. (Teresa Simango)
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