Depois de o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) ter em 2020 sofrido sanções por ter feito mau uso das verbas do Fundo de Gestão de Calamidades (FGC), tendo sido obrigado a devolver aos cofres 32.5 milhões de Meticais anteriormente mal aplicados, de em 2021 ter sobrefacturado a aquisição de 6 viaturas 4×4 alocadas aos seus dirigentes no valor de 24 milhões de Meticais, no mesmo ano ter novamente desviado 50 milhões Meticais destinados à questões de emergência da COVID 19 e, em 2021 ter gasto 5,9 milhões em obras duvidosas com e indícios de sobrefacturação entre outras infracções, o Governo moçambicano recebeu mais 6.5 milhões de dólares para implementação de projectos de promoção de resiliência aos desastres nas comunidades afectadas pelos fenómenos naturais e pelo terrorismo a ser implementado pelo INGD.
O desembolso de cerca de 416 milhões de Meticais foi desembolsado conjuntamente pelo Governo da Coreia do Sul, através da Agência de Cooperação Coreana (KOICA), e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), por meio de um financiamento que preconiza a partilha de dados assinado ontem, 06 de Junho, em Maputo; o objectivo é que se faça um acompanhamento conjunto dos resultados do processo por parte dos financiadores nas actividades que visam a “Promoção de Resiliência aos Desastres e da Coesão Social no Centro e Norte de Moçambique”, para evitar ao máximo desvios e más aplicações dos montantes desembolsados.
A emancipação da mulher, protecção de famílias vulneráveis, deslocados por conta de guerra e portadores de deficiências estão entre as maiores prioridades das actividades a serem desenvolvidas pelo INGD neste programa.
O projecto vai ser implementado nas províncias da Manica, Sofala, Nampula, Cabo Delgado e Niassa, que são comumente tidas como as mais afectadas por ciclones e outros desastres naturais.
De referir que desde Março de 20211 a Koica já vem colaborando e apoiando Moçambique nos sectores da saúde, educação, recursos hídricos e transportes.
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