A antiga Primeira – dama de Moçambique e activista social, Graça Machel, defendeu, na terça – feira, 27 de Junho, que o país para alcançar grandes progressos na igualdade de gênero e justiça social quando conseguir promover a inclusão da mulher nos sectores mais altos da economia. Machel referiu, por outro lado, que devem ser criadas estratégias e planos concretos para que as mulheres possam exercer em pleno seus direitos na área da economia.
Durante a sua intervenção na Conferência das Mulheres na Economia, evento organizado pelo Fundo para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Graça Machel referiu que Moçambique tem se esforçado para colocar mulheres em lugares de destaque na economia e no domínio das tecnologias.
Machel observa que actualmente fala-se mais da economia digital, defendendo que o país deve transformar o estigma de que o “rosto da pobreza é o rosto da mulher” e trazer exemplos de mulheres líderes nas pequenas empresas do sector informal.
“Nós vamos ao Zimpeto hoje e quem traz o milho de Manica, Tete são mulheres que têm camiões cavalos. Aquelas mulheres são exemplo concreto do que é fazer funcionar a cadeia de valor. Porque saem do agricultor pequeno, entram no mercado formal e alimentam uma cidade inteira. Então, nós queremos demonstrar que a mulher não é apenas o rosto da pobreza, é aquela capacidade de decidir, de participar, de audácia, de entrar em terrenos difíceis, mas com persistência e resiliência”.
Graça Machel não tem dúvidas que a mulher tem a capacidade para ocupar cargos relevantes nos sectores mais altos da economia, mas adverte que a mesma deve ser estimulada para liderar.
“Nós queremos estimular a força da própria mulher para liderar, assim como liderou na esfera política, liderar na esfera económica também. Segundo, que haja em todos os sectores estratégias e planos concretos de como nós vamos colocar a mulher nos vários segmentos para ela estar em condições de influenciar políticas e contribuir para alterar, transformar as estruturas, as instituições e os sistemas que ainda a impedem de exercer em pleno os seus direitos na área da economia”, disse.
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