Até que ponto somos, efectivamente, um país com liberdade de expressão?

OPINIÃO

Afonso Almeida Brandão

Escrever sobre o papel dos Media é sempre um tema delicado, especialmente por quem “milita” na Comunicação Social há mais de meio século, como é o nosso caso. Mas não é sem razão que a Imprensa é conhecida entre todos como sendo o Quarto Poder nas Democracias. Será que Moçambique «é ou seja, de facto, um País Democrático? Ou antes um País «a fingir e que é (des)Governado por um Partido (dito) Democrata, como a FRELIMO»?!…

Uma Imprensa Livre, Plural, é parte essencial da Democracia. Os Regimes Totalitários trataram sempre de impor a Censura ou o Suborno, por vezes de uma forma velada, como é o caso flagrante da FRELIMO, situação que ocorre desde 1975, data em que Moçambique se tornou Independente. E cujo Sindicato dos Profissionais da Comunicação Social (de “trazer por casa”) que devia ser Plural, Sério e Democrata, tem sido tudo menos isso, e que ainda por cima — como é sabido! —, tem sido dirigido nos últimos 28 anos pelos mesmos incompetentes de sempre! Incompetentes que não passam de uns “capangas” inúteis ditos jornalistas da Esquerda-Socialista da “Treta” da FRELIMO que têm estado até hoje à frente dos destinos do SNJ, que transformaram “a casa” de todos Jornalistas em Bares de repletas “bebedeiras de azul” e nada fizeram em prol da Classe — ou então de quem nos tem (des)governado e que têm avançado com o bloqueio da Internet, e na proibição de registos por vezes de Jornais, Rádios e Televisões Privadas, como acontecia, com o então Director do GABINFO, o já “reformado” Arlindo Lopes, em finais da Década de 90 e nos início dos Anos 2000/2010…

Os exemplos dos Jornais ACTUAIS, o “online” OPÇÃO e a TROPICAL Magazine, — que surgiram em Maputo nesse período e que eram/foram de circulação Nacional —, são disso a prova do que afirmamos, pois as dificuldades levantadas, à época, eram de natureza pessoal, principalmente por causa do nome do Jornalista que se apresentava à frente das três publicações, como sendo considerado um “reacionário” e “duro de roer” contra o Partido que estava (e continua a estar) no “poleiro” do nosso País há quase 50 anos… E oferecemos um doce ao Leitor que souber dizer-nos o nome de quem falamos…

Mas isso pertence ao Passado e a Censura de inspiração stalinista sovietico, infelizmente, como todos sabemos, está muito presente no chamado Mundo Livre, que reúne as (?) Democracias Ocidentais e alguns países africanos, designadamente, Angola, Guiné e Moçambique. O que começou por uma disfarçada infiltração assume, hoje, posição quase que hegemónica de esquerdistas de diferentes origens, mas tendo em comum “bandeiras” de ataque a Valores e Personalidades que não são de seu agrado.

Na Europa e nas ex-Colónias Portuguesas pós-Independência, em geral, a manifesta tendência Esquerdista dos noticiários parece dominante, excepto em órgãos de Comunicação Social como Jornais EVIDÊNCIAS, Canal de Moçambique, SAVANA, Magazine Independente, Dossier & Factos e NGANI. Garantida a Liberdade de Imprensa, o direcionamento passou a ser pela selecção de Jornalistas, Colaboradores e Analistas Políticos.

Um atento observador verá que os jornais ligados a grandes Grupos Económicos, generosamente, admitem dois ou três colaboradores que defendem o Capital e os Valores Cristãos, contra uma dúzia de críticos das Empresas, da acção Policial, dos valores cristãos em geral.

Nas medíocres telenovelas brasileiras, por exemplo, o destaque tem sido os casais não convencionais, com cenas explícitas. O objectivo é mesmo o de chocar a Sociedade maioritariamente Conservadora. Há cerca de 12 anos um levantamento que foi realizado por nós para a TROPICAL Magazine, mostrou que a maioria não fazia/faz restrições às opções das pessoas, mas, sim, à exaltação de certas escolhas, aliás, assuntos do «foro íntimo» de cada cidadão.

Curiosa também é a clara e insofismável postura anti-semita da chamada Grande Imprensa entre nós, que faz “vista grossa” e coloca Israel ou a Ucrânia como agressoras, quando, na verdade, todas as iniciativas bélicas dos dois países sofredores e vítimas são em resposta aos ataques e ameaças diárias das tropas russas e outras (ou de loucos varidos como Putin que (des)governam o seu País, com ataques sistemáticos às populações civis e dentro das fronteiras que vem atacando, considerados como Crimes de Guerra, pelo Tribunal de Haia, pela Liga Internacional dos Direitos Humanos, União Europeia e Nações Unidas. Esta postura acabou por originar que a União Europeia venha criticando as lamentáveis atitudes dos Russos. No entanto, há Países como Moçambique que têm sido severamente criticado pelos Países que constituem os País Europeus, contra Partidos Socialistas e Comunistas que lideram a China, a Correia do Norte, a Índia, a África do Sul, Guiné além de outros que fazem parte dos PALOP´s —ou seja de jornais mais “encostado” às esquerdas (ditas Socialistas e Comunistas da “Treta”), como acontece com o MPLA em Angola ou com a FRELIMO em Moçambique, só para citar dois exemplos.

Num Mundo que precisa aplicar cada vez mais com Critério e Seriedade, os Recursos e o Controlo do Erário Público, o estranho é que sobrevivam, nas Democracias, complexos de televisão estatal de alto custo como na União Europeia e em alguns país Africanos, entre os quais Moçambique, Angola e África do Sul. Estatais e Tendenciosos, diga-se de passagem. Liberdade de Imprensa sem Pluralismo não é Liberdade. É fraude! E esta falta de Pluralismo está bem patente em alguns jornais afectos aos Partidos que (des)Governam os países que referimos atrás.

Citar os seus títulos para quê e para quem, se todos sabemos de quem se tratam…?!

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