Há que saber o sabor certo do gelado a dar aos nossos cidadãos

OPINIÃO

Afonso Almeida Brandão

Já a destempo, seguramente, porque a verdade e os episódios marcantes de qualquer momento se esfumam na espuma dos dias mais rapidamente que os gelados da “OLÁ” demoram a derreter no pico do Verão, convirá sempre puxar atrás a fita do Tempo (expressão tão em moda nos dias de hoje), para que possamos perceber, daqui por umas semanas ou uns meses, que o Destino do nosso País, há muito estava traçado. Assim, caricaturando o Moçambique que de Hegemónico passou a Glorioso e depois a pobre e periférico, para se tornar, agora, em ridículo e anedótico, encontrando a nova proibição imposta aos moçambicanos não poderem ter os filhos que entenderem ter. No mínimo, estamos perante (?) Lei Surrealista e paradigma e deixa-nos a pensar em tanta imbelicidade dos nossos (des)governantes… que até dá dó.

Reza então a história que, chegado ao Poder em 1975, a FRELIMO entendeu, por questões estratégicas, de Soberania e de manifesto interesse público, proibir há dias as Famílias Moçambicanas e as nossas Mulheres/casais de não poderem ter mais de quatro filhos —, isto por comparação com o exemplo da Milinária China. Imposição estúpida, descabida, inaceitável que foi “criado” por um País arrogante e que defende a PENA DE MORTE, já que acumula OUTROS “senões”, dos quais o apoio da China à Rússia — e à Guerra que esta mantém contra a Ucrânia Massacrada —, e constitue altamente um acto contra a Humanidade, logo, inexplicável e condenável a todos os títulos.

Mas Moçambique não está (nem nunca esteve!) preocupado com isso, diga-se em abono da verdade, embora reconheça que a Guerra não é a melhor solução. Mas será que reconhece mesmo?!

Ora, com aplausos da Esquerda Comunista — de que a FRELIMO é defensora e “fiel” seguidora —, a Verdade é que este Partido Político “perfilha” e aplaude as parangonas da forma como foi anunciada ao público recentemente. Notícia, aliás, que nos deixou a todos de “queixo caído”, através da Comunicação Social e nos apanhou de surpresa.

Pois é! O facto de que os casais (ou cada Mulher Moçambicana) específicamente, não poder ter mais de quatro filhos, para evitar que a FOME a POBREZA continuem a proliferar no nosso País, é, no mínimo, digno de risada. E saber que a justificação principal desta (?) Lei Anedótica é a causa da Miséria em que vive o nosso Povo há décadas, não lembra ao Diabo. Trata-se do “tal” combate à natalidade, «Made in China» — explica o Partido no Poder — à semelhança do que foi imposto ao Povo Chinês, já de si “sacrificado” há milénios.

Esta (?) Lei, agora aprovada em Moçambique, no mínimo, é de “bradar aos Céus” — repetimos. E SEM FUNDAMENTO QUE POSSA JUSTIFICAR A SUA CRIAÇÃO. Ou seja: o nosso País é há uma semana “comandada por imitação” por um Estado de fora. Isto só é possível acontecer entre nós porque temos um «desnaturado» ao leme dos Destinos de Moçambique chamado Filipe Nyuse e de um Partido Político chamado FRELIMO… Ambos, de opinião que os Moçambicanos “procriam muito e por isso mesmo é que há FOME” (sic) e também por esta razão é que  “Moçambique é um País que não desenvolve como devia deservolver” (sic).  AMÉN — apetece acrescentar! Bem, se isto não é uma anedota para rir (repetimos com satisfação), então, sinceramente, não sabemos o que seja…

Na verdade, o maior dilema desta (des)governação que vem sendo feita no nosso País há quase 50 anos, do tipo “soma-e-segue-umas-atrás-de-outras”, é, no mínimo dos mínimos, não saber decidir o que realmente é preciso fazer, reestruturar, orientar e levar a cabo, para que o nosso Povo possa “sonhar” e a vir a ser Feliz um Dia no Futuro que, afinal, está cada vez mais distante…

Ou, por outras palavras, recordando, aqui e agora, o saudoso colega de boa Memória, que foi o Jornalista Machado da Graça  que escreveu numa das suas belíssimas crónicas «que primeiro há que saber — de uma vez por todas —, por parte da FRELIMO (e do seu Governo), qual o “sabor certo do gelado” a dar aos nossos Cidadãos»… (sic)

Palavras sábias, sem dúvida, que os nossos Políticos, de uma forma geral DESCONHECEM — ou que, infelizmente, não leram ou provávelmente já não recordam.

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