Médicos serão obrigados a decidirem se querem ou não continuar no Aparelho de Estado – ameaça Governo

SOCIEDADE

O braço de ferro entre os médicos encabeçados pela Associação Medica de Moçambique (AMM) e o Governo conheceu um novo capítulo na terça – feira, 01 de Agosto. Na sua intervenção depois da 27ª Sessão de Conselho de Ministros, o porta – voz do Executivo, Filmão Suazi, lançou um sério aviso aos médicos, declarando que os mesmos serão obrigados decidirem se querem ou não continuar no Aparelho do Estado.

Os médicos decidiram prorrogar a greve por mais 21 dias devido à falta de seriedade do Governo que apenas cumpriu cinco das 15 reivindicações apresentados pelos profissionais de saúde.

Enquanto se aguarda pela retoma das negociações entre as duas partes, o porta – voz do Conselho de Ministros veio ao terreno, mesmo sem adiantar datas, revelou que em algum momento os médicos serão forçados decidirem se querem ou não continuar no Aparelho do Estado.

“Em algum momento, o Estado deverá colocar os médicos grevistas na situação de poderem escolher se pretendem prestar serviços na Função Pública ou pretendem deixar os seus lugares à disposição”, avisou Filmão Suazi para depois revelar que a marcação de faltas aos médicos que aderiram à greve vai continuar.

“O Executivo não só continuará com a marcação de faltas, como também tem estado a pensar e implementar estratégias para resolver o problema da greve dos médicos. Há 60 médicos moçambicanos formados e que fazem parte da Ordem dos Médicos que estão contratados”, declarou Filmão Suazi

Por outro lado, Suazi, que referiu que o Governo estima que só cinco por cento dos 60 mil médicos inscritos na Associação Medica de Moçambique é que aderiram à greve, explicou que que a revisão do Estatuto do Médico visa, exclusivamente, melhorar o documento e não para trazer situações para prejudicar os médicos.

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