MEPT revela que mais da metade das raparigas sofre algum tipo de violência na escola em Maputo

DESTAQUE SOCIEDADE

Segundo o Movimento de Educação para Todos (MEPT) deu a saber durante o workshop em preparação ao Dia Internacional da Rapariga que se irá se celebrar no dia 25 de Outubro deste ano, mais da metade das raparigas em idade escolar na cidade e província de Maputo sofre algum tipo de violência na escola. Segundo o representante do MEPT, Pedro Mário, as questões culturais constituem uma barreira para ultrapassar o assédio sexual e a violência contra a rapariga nas escolas, tendo em conta que estas são vistas como objectos para satisfação dos desejos dos homens.

Assim, Mário defende que a nível do sector da educação deve também haver mudanças no curriculum, nos manuais, visto que alguns colocam a rapariga como aquela que é doméstica e o rapaz como um engenheiro, médico, advogado.

Em representação à ActionAid, Dakcha Archá defendeu que o acesso à escola por parte da rapariga é deficiente, por diversas razões, das quais destacam-se o insuficiente número de escolas, o deficiente rácio professor/aluno, a falta de inclusão de pessoas com deficiência nas escolas, uma vez que as escolas ainda não estão preparadas para receber alunos com deficiência.

Por conta disso, o vice-Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, José Castiano, afirmou que “os estudantes precisam ganhar a consciência da violência escondida, aquela que muitas vezes é perpetrada pela ausência de um protector”. Por isso, o académico defendeu haver necessidade de os professores serem chamados atenção, pois, algumas vezes não conseguem notar situações de violência que as crianças sofrem.

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