O Banco Nacional de Investimento (BNI) acaba de esclarecer, através de uma nota, que, afinal, não foi contactado por nenhuma autoridade para o esclarecimento da linha de financiamento do Sustenta e que “opera em observância aos mais altos critérios de transparência, integridade e conformidade exigidos ao sector financeiro”.
Depois do alvoroço criado pela publicação, no princípio desta semana, de um relatório que reportava a o envolvimento de alguns bancos nacionais no uso indevido dos fundos destinados aos agricultores no âmbito do projecto Sustenta, o BNI decidiu quebrar o silêncio, refutando qualquer envolvimento em desvios do fundo do projecto tal como o Tribunal Administrativo, que no seu relatório de 2019 e 2020 reportou o uso irregular de uma linha de crédito aberta pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável – FNDS para financiar o Sustenta.
“É de destacar que em nenhum momento o BNI recebeu solicitações de informação das autoridades sobre a linha de financiamento aludida, informação disponível e acessível no Banco, desde que o requerente seja uma instituição autorizada”, refere o banco.
O BNI vai mais longe e afirma que está sujeito à apertada regulação do Banco Central, como supervisor das instituições financeiras, e a um conjunto de auditorias internas e externas, que comprovam o cumprimento dos requisitos estabelecidos para o exercício da actividade bancária.
Refira-se que o Evidências apurou que está instalada neste momento uma verdadeira guerra campal entre alguns contadores do Tribunal Administrativo e os gestores do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), num enredo que envolve tentativas de extorsão, que já levaram a suspensão de alguns envolvidos.
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