Não há moçambicanos entre as vítimas mortais do terramoto no Marrocos

SOCIEDADE

Um terramoto de magnitude 6,8 na escala de Richter devastou as cidades marroquinas de Al Haouz, Marrakesh, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant. De acordo com dados tornados públicos pelo Ministério do Interior do Marrocos, até esta segunda-feira, 11 de Setembro, foram contabilizados mais de 2,6 mil óbitos e mais de dois mil feridos. No entanto, após solidarizar-se com as vítimas, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, garantiu que ainda não há registo de nenhum moçambicano entre as vítimas mortais.

Duarte Sitoe

O terramoto que assolou as seis cidades marroquinas é, segundo as autoridades, o mais grave da história do país. Balanços preliminares do Ministério do Interior daquele país da África do Norte apontam que na sequência do terramoto mais de 2,6 mil pessoas perderam a vida, sendo que mais de 2,4 mil pessoas contraíram ferimentos, entre graves e ligeiros.

Enquanto decorrem os trabalhos de busca, o Presidente da República, Filipe Nyusi, mostrou-se preocupado com a notícia devastadora da ocorrência do terramoto no Marrocos.

“É com profunda tristeza e pesar que estendo as minhas sinceras condolências ao Povo Marroquino nestes tempos difíceis. Esta tragédia, que nos deixa de luto e que trouxe imenso sofrimento às comunidades afectadas, é o terremoto mais mortal a afligir nossos irmãos do Norte da África em décadas. Enquanto manifestamos nossa solidariedade com o povo Marroquino, reconhecemos os desafios enfrentados pelas equipes de resgate, que lutam para alcançar aqueles que mais precisam. A localização do epicentro nas montanhas do Alto Atlas, perto da histórica cidade de Marraquexe, acrescenta à gravidade da situação”, escreveu Nyusi na sua página oficial no Facebook.

O Chefe de Estado apelou, por outro lado, aos países africanos e à comunidade internacional para auxiliarem o Marrocos na missão de busca e salvamento.

“Neste momento de dor e desconforto, é nosso dever oferecer o nosso apoio, orações e assistência aos nossos irmãos e irmãs marroquinos enquanto enfrentam esta crise sem precedentes. Assim, aproveito esta ocasião para apelar aos países africanos, às Nações Unidas, bem como a outras organizações humanitárias e à comunidade internacional, em geral, para urgentemente mobilizar apoios e equipes especializadas, visando auxiliar nas operações de busca e salvamento, bem como cobrir necessidades imediatas. A nossa solidariedade vai para as famílias directamente afectadas por este desastre sem paralelo”,

Por sua vez, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, garantiu que ainda não há moçambicanos entre as vítimas do terramoto que devastou as cidades marroquinas de Al Haouz, Marrakesh, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant.

“Estamos preocupados, mas pelo menos sabemos que os moçambicanos que estão em Marrocos estão bem. A nossa preocupação era saber se havia um problema. Estamos a trabalhar, sabemos que o terramoto pode não dar uma informação completa, continuamos a trabalhar com as autoridades marroquinas, mas através do nosso consulado para saber se há alguém que corre fisco. Como sabem, o Governo de Moçambique tem sido muito prático nisso, não queremos que nenhum moçambicano morra, não queremos que nenhum moçambicano sofra quando é possível salvar”, disse Macamo na saída da cerimónia de comemoração do mês da Amnistia em África, na Cidade de Maputo, que decorre sob o lema “Desarmamento como Oportunidade Para o Silenciar das Armas em África: Lições da República de Moçambique”.

Refira-se que na sua intervenção na abertura do evento organizada pela União Africana, em parceria com as Nações Unidas, com propósito a mobilizar esforços para acelerar a materialização da iniciativa africana referente ao Silenciar das Armas em África até 2030, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação garantiu que, apesar de ter recebido a última arma dos homens armados da Renamo, o Executivo continua a trabalhar no processo de recolha de todas as armas ilícitas, tendo, por isso, apelado a todos que possuam armas não autorizadas para que as entreguem.

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