Matsinhe defende eliminação de práticas nocivas que limitam a participação das mulheres nos processos eleitorais

DESTAQUE POLÍTICA SOCIEDADE

Dom Carlos Matsinhe foi um dos oradores no Dialogo Nacional sobre a Violência contra as Mulheres nas Eleições. Para mitigar este fenômeno, Matsinhe apelou às formações para colocar as mulheres em lugares de destaque e, por outro lado, eliminarem práticas sociais e culturais nocivas que limitam a participação efectiva das mulheres nos processos eleitorais.

A Organização das Nações Unidas para a Mulher (ONU – Mulheres) juntou-se a outras organizações da sociedade civil para repudiar todo o tipo de violência contra a mulher nos processos eleitorais.

À margem daquele evento, Dom Carlos Matsinhe, presidente da Comissão Nacional de Eleições, apelou às formações políticas a terem coragem de colocar a mulher em lugares de destaque, tendo referido que os partidos devem “eliminar de práticas sociais e culturais nocivas que limitam a participação efectiva das mulheres nos processos eleitorais; Investir na capacitação das mulheres para que participem efetivamente nos processos eleitorais”

Matsinhe refere, por outro lado, que as Organizações da Sociedade Civil devem “monitorar o compromisso dos partidos políticos com a igualdade de género e devem pressioná-los a implementar um sistema de quotas como ponto de partida; Promoção de eleições pacíficas e livres de violência; Reforçar a capacidade de género dos líderes dos partidos políticos”, disse o presidente da Comissão Nacional de Eleições para depois tornar público que o grosso das mulheres não denuncia a violência sofrida durante os pleitos eleitorais porque o cenário político e social não é lhe favorável

“Importa salientar que a mulher apesar de estatisticamente representar a maioria da população moçambicana, a condição da mulher no domínio económico, político, social e cultural ainda não lhe é favorável, devido a factores sócio-culturais, que a colocam numa posição de inferioridade, o que dita a sua fragilidade que se traduz em desvantagem comparativamente aos homens”, disse Matsinhe.

No entender da Organização das Nações Unidas para a Mulher, mesmo com os avanços registados na inclusão política, as mulheres continuam a sofrer vários tipos de violência em Moçambique no período eleitoral, sobretudo, nas zonas rurais onde o nível de escolaridade é baixo.

“Abordamos este assunto de frente e tomamos medidas concretas para desmantelar as barreiras que impedem as mulheres a se envolverem nos nossos processos políticos como candidatas, eleitoras, observadoras e outros”, apontou a representante da ONU Mulheres em Moçambique.

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