Quando se caminha a passos do início do extremismo violento na ´província de Cabo Delgado, o Governo, através do Ministério da Defesa Nacional, reconheceu que ainda não há fim a vista para fenômeno que já fez mais de um milhão de deslocados naquela parcela do país.
Foi à margem da abertura do Simpósio sobre Combate e Prevenção ao Extremismo Violento, que se realiza na capital moçambicana, Maputo, com o objectivo encontrar soluções para o fim do terrorismo, que Cristóvão Chume destacou avanços na luta contra o terrorismo, referindo que os últimos resultados são encorajadores e mostram que é possível vencer, visto que o ini9migo está fragilizado.
Sobre a recente emboscada dos grupos armados que matou 12 cristãos em Mocímboa, o titular do pelouro da Defesa no Governo de Filipe Nyusi disse que logo após a morte do líder dos terroristas “não tínhamos a certeza absoluta de que iriam de se vingar em algum local da província de Cabo Delgado, o que aconteceu, com a decapitação de 12 pessoas no distrito de Mocímboa da Praia. Ainda esperamos alguma escalada, mas podemos garantir que continuaremos a lutar”.
Ainda na sua intervenção no simpósio organizada pela Fundação MASC, Cristóvão Chume destacou que uma das formas de combater e prevenir o extremismo violento é a promoção da boa governação, uma vez que se a governação for do interesse do povo, para reduzir a pobreza, não haverá condições para o surgimento do terrorismo no continente africano.
Prosseguindo, Chume falou da necessidade do Executivo investir fortemente na educação e na formação porque, segundo ele, o analfabetismo, é uma das fontes, de qualquer guerra.
“A parceria com as comunidades locais é relevante porque estas têm um conhecimento profundo sobre a dinâmica social e cultural nas suas áreas e podem desempenhar um papel crucial na identificação das causas e condições que levam ao extremismo. As instituições académicas e de investigação têm um papel fundamental na produção de conhecimento sobre o terrorismo, suas causas, dinâmica, modus operandi e consequências. Eles podem realizar pesquisas, desenvolver currículos educacionais relevantes e fornecer treinamento especializado para profissionais de segurança e líderes comunitários”.
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