RENAMO denuncia tentativa de assassinato de seu cabeça de lista em Metangula

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A RENAMO, principal partido de oposição em Moçambique, acusou hoje, 10 de Outubro um agente da polícia de tentar assassinar o cabeça de lista do partido na autarquia Metangula, e alertou para a alegada tentativa de manipulação nas eleições autárquicas de quarta-feira. “Graças à providência divina, o agente errou o alvo. Infelizmente alvejou, sem grande gravidade”, declarou o porta-voz da RENAMO, José Manteigas durante uma conferência de imprensa orientada hoje.

O caso terá ocorrido na tarde do último Domingo durante um evento de encerramento da campanha do partido naquela autarquia da província da província do Niassa, em que Vasco António participava por sinal cabeça de lista local.

Segundo José Manteigas o agente terá disparado pelo menos 16 tiros no meio de dezenas de simpatizantes da força política num evento que contava com a presença do comandante distrital da corporação.

“Não há dúvidas que ele estava a agir a mando do próprio comandante e a mando de ordens ilegais”, acrescentou.

No entanto, o Departamento de Comunicação da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Niassa rejeitou a alegada tentativa de assassínio, afirmando que as autoridades foram obrigadas a disparar para dispersar uma multidão que jogava pedras contra os agentes.

Na versão da polícia houve um incidente com o cabeça de lista no decorrer do evento “e os colegas que estavam a acompanhar a caravana tentaram aproximar-se para perceber o que se passava e foi daí que os simpatizantes do partido começaram a atirar pedras contra a polícia” que reagiu “atirando para o ar para dispersar a multidão’ referindo que “não houve qualquer ferido” declarou Alves Mathe, Chefe do Departamento de Comunicação e Imagem da PRM no Niassa.

Foi ainda em Niassa desmantelada uma residência guarnecida por agentes da polícia que segundo Manteigas “albergava cidadãos provenientes de um outro distrito não autárquico, com o fim de se fazer um recenseamento fraudulento e fora do tempo”.

Segundo o porta-voz da RENAMO, em Cuamba, também no Niassa, a população “vandalizou uma residência” onde terão sido encontrados 15 cartões de recenseamento eleitoral e 200 colchões.

De referir que esta é a terceira vez que o principal partido de oposição em Moçambique acusa as autoridades de tentar assassinar os seus cabeças de lista e a polícia moçambicana tem-se sempre distanciado destes cenários.

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