Araújo acusa comunidade internacional de fazer vista grossa às atrocidades da Frelimo porque está interessada “no nosso gás”

DESTAQUE POLÍTICA

As organizações da sociedade já vieram ao terreno afirmar que as VI Eleições Autárquicas foram as mais fraudulentas da história da democracia moçambicana. O cabeça – de – lista da Renamo em Quelimane, Manuel de Araújo, criticou o silêncio ensurdecedor da comunidade internacional em relação as irregularidades detectadas no dia da votação. De Araújo refere, por outro lado, a comunidade internacional está a fazer vista grossas às atrocidades da Frelimo porque está interessada no gás natural da Bacia do Rovuma.

“Foi a força das armas que obrigou a Frelimo a ceder e aceitar a democracia. Mas, agora que eles têm o dinheiro que vem do gás, pensam que já não precisam da comunidade internacional, por isso abusam. E como sabem que a comunidade internacional está à procura do nosso gás, eles fazem chantagem. Esta semana, a primeira ministra da Itália esteve aqui, em Maputo, numa visita de um dia à procura do nosso gás. É por isso que a comunidade internacional não abre a boca, fecha os olhos às atrocidades da Frelimo, porque vendem o nosso gás, oferecem o nosso gás ao desbarato e em troca vendem a nossa dignidade e os nossos direitos. É preciso denunciar estes factos, vamos trabalhar em vários parlamentos, para que os deputados destes parlamentos levantem perguntas aos seus governos, questionem a política de cooperação e monitorem a situação dos direitos humanos e da democracia em Moçambique”, disse Manuel de Araújo.

O cabeça – de – lista da Renamo em Quelimane referiu, por outro lado, que estão a ser feitos contactos telefônicos com os Embaixadores acreditados em Moçambique para denunciar as irregularidades detectadas no dia da votação em todo território nacional, tendo ainda referido que o maior partido da oposição em Moçambique pretende escalar a sede da União Europeia.

“A terceira fase vai ser de encontro pessoal com os embaixadores em Maputo. Quando terminarmos o trabalho diplomático em Maputo, na próxima semana, vamos escalar outro nível, queremos levar este assunto para Bruxelas, a sede da União Europeia, para que os europeus que são eles que financiam a Frelimo saibam o que é que eles fazem aqui. Vamos escalar outras capitais europeias com este assunto”.

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