Polícia dispara contra MMV’s em Pemba

POLÍTICA
  • Foram obrigados a assinar contratos de oito mil e só receberam metade

A Polícia da República de Moçambique, PRM, na cidade de Pemba, disparou, na tarde de sexta-feira, na delegação distrital do secretariado técnico de administração eleitoral, quando uma multidão de Membros de Mesas de Voto (MMV’s) se amotinou para exigir justiça no pagamento de subsídios.

A guerra iniciou quando o STAE entregou aos brigadistas um novo contrato no valor de oito mil meticais, mas, no entanto, o que estava a ser pago era nada mais, nada menos, que quatro mil meticais estabelecidos no primeiro contrato que receberam antes de irem ao terreno.

Inconformados com o que estava a acontecer, até porque suspeitaram tratar-se de uma estratégia de desvio do seu dinheiro, os MMV’s amotinaram-se junto ao STAE para exigirem esclarecimentos sobre a razão de estarem a assinar um novo contrato que estipula o pagamento de oito mil meticais e apenas receberem metade.

E porque a dado momento os ânimos ficaram exaltados, a polícia activou o seu modo brutalidade para disparar vários tiros para o ar como forma de dispersar os reivindicadores que já estavam prestes a vandalizar viaturas que se encontravam no recinto.

O mais preocupante para os membros é que no dia da votação cada MMV recebeu um valor de 500 meticais, que serviria para alimentação e não ficaram informados que seriam descontados no fim do processo.

“No dia de votação nos deram 500 meticais para cada um e não nos explicaram que iriam nos descontar, e hoje estão a insistir para assinarmos mais um contrato de oito mil, mas para nos pagarem metade disso, sem nenhuma explicação. Para onde vai o outro dinheiro”, desabafou um MMV, desconfiando que haja um esquema de desvio do seu dinheiro.

Evidências tentou ouvir o STAE distrital de Pemba, mas sem sucesso porque se encontravam trancados no interior do gabinete temendo a fúria dos brigadistas.

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