O Tribunal Judicial de Ka-Mpfumu, na cidade de Maputo, decidiu anular os resultados eleitorais ao nível daquele distrito municipal, por ter sido comprovado um amplo esquema de falsificação de editais de apuramento parcial para favorecer o partido Frelimo.
Para além de ordenar a anulação dos resultados e a repetição do pleito, o tribunal instaurou processos contra todos os membros do STAE distrital de Ka-Mpfumu por ter se comprovado a sua postura criminosa durante o processo.
De lembrar que o Distrito Municipal Ka-Mpfumu possui cerca de 48 mil eleitores e é composto pelos bairros Alto Maé A, Alto Maé B, Central A, Central B, Central C, Coop, Malhangalene A, Malhangalene B, Polana-Cimento A, Polana-Cimento B e Sommerschield.
Ainda esta noite, poderá ser conhecido o veredicto em relação a um outro ilícito eleitoral com as mesmas características, ou seja, relativo à viciação de editais no distrito municipal Ka-Lhamankulu, na cidade de Maputo.
A resolução surge na sequência de um processo de contencioso eleitoral submetido pela Renamo pelo facto do apuramento parcial neste e noutros distritos ter sido feito com base em editais viciados, ignorando as actas e editais produzidos nas mesas de votos e cujas copias foram distribuídas pelos delegados de candidatura dos partidos políticos.
Segundo avança a TV Sucesso, os implicados neste crime eleitoral terão revelado em sede do tribunal os nomes dos supostos mandantes por detrás da ordem para a viciação dos editais, contudo não foram revelados os valores envolvidos no esquema.
Refira-se que em Chiúre, o director do STAE local chegou a confessar ter recebido cerca de 500 mil meticais para viciar os resultados eleitorais. Aguarda-se ainda a decisão a nível deste ponto do país, contudo até o momento somam-se já três pontos em que as eleições foram anuladas depois de Cuamba e Chókwè.
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