Depois de chumbar o recurso da Resistencia Nacional de Moçambique (RENAMO), o Tribunal Judicial da Matola julgou procedente a reclamação do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) sobre as irregularidades detectadas no dia da votação e ordenou a recontagem dos votos em todas Mesas de Assembleia de Voto.
“Nestes termos, a 2ª secção do Tribunal Judicial do Distrito da Matola, enquanto tribunal eleitoral, em nome da República de Moçambique a à luz dos Princípios Democráticos e da Congruência, decide julgar procedente o presente Recurso Contencioso Eleitoral e, por consequência, ordenar a recontagem dos votos de todas Mesas da Assembleia de Voto nas VI Eleições Autárquicas na Cidade da Matola, devendo atender-se às irregularidades descritas, à luz do estatuído do n° 1 do artigo 145 da Lei n° 7/2014, de 03 de Agosto, republicada pela Lei n° 14/2018, de 18 de Dezembro, pontualmente alterada pela Lei n° 24/2022, de 29 de Dezembro”, lê-se da decisão do Tribunal Judicial do Distrito da Matola assinada pela Juíza Cláudia Barros.
O recurso interposto pelo partido liderado pelo MDM pode beneficiar sobremaneira a Renamo que, apoiando-se na contagem paralela dos votos, já veio ao terreno reivindicar vitória na apelidada “Cidade das indústrias”.
No que diz respeito as agressões físicas que os membros do partido liderado por Ossufo Momade foram alvos dos agentes da polícia da República de Moçambique, Tribunal Judicial da Matola a formação política a apresentar uma queixa no Ministério Público.
De referir que o Movimento Democrático de Moçambique já reconheceu o descalabro nas VI Eleições Autárquicas e parabenizou a Renamo pela vitória “retumbante” no município da Matola.
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