Em resposta aos membros proeminentes que teceram duras critica a actual administração da Frelimo, a porta – voz da maior força política do país, Luidimila Maguni, vincou que o partido sexagenário não está em crise e adiantou que não haverá uma reunião nacional a médio prazo.
Para sustentar a tese de que não há crise no partido do batuque e da maçaroca, Maguni aponta para o triunfo em 64 das 65 autarquias. “Não faz sentido dizer que o partido está em crise, depois de termos ganhado em 64 autarquias, nas últimas eleições autárquicas, porque fizemos um trabalho bastante forte, a partir das bases, como membro do partido, para conseguirmos essa vitória”.
Recentemente, através de cartas Samora Machel Júnior, Teodato Hunguana e Graça Machel criticaram com veemência a actual administração da Frelimo e recomendaram um reunião nacional para a purificação de fileiras, visto que há infiltrados no seio do partido.
No entanto, Luidimila Maguni fez questão de referir que não há previsão de uma reunião nacional a médio prazo, pelo que “internamente, se acharmos que há a necessidade de realizarmos uma reunião de quadros, o partido tem órgãos apropriados para poder tomar essa decisão”, tendo, por outro lado, instado aos membros do partido para saberem para onde direccionar cartas que digam respeito a formação política liderada por Filipe Nyusi.
“As cartas devem ser dirigidas aos órgãos do partido, para que realmente se possa fazer a discussão necessária à volta destes assuntos, porque somos membros de uma grande família e uma grande família conhece os locais apropriados para discutir o que está bem e o que está mal e como é que em conjunto se podemos corrigir. ”
Chamada a comentar sobre a existência de infiltrados no seio da Frelimo, Maguni recomendou os críticos para mencionar os nomes das pessoas porque não vale nada estarmos a dizer que existem sem indicarmos estas pessoas, para o partido fazer diligências à volta deste assunto”.
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