O Centro de Integridade Pública (CIP), organização da sociedade civil que participou nas VI Eleições Autárquicas na qualidade de observador, submeteu, na quarta-feira, 08 de Novembro, ao Conselho Constitucional (CC) relatório de observação eleitoral e contagem paralela dos votos. No documento enviado ao CC, o CIP reiterou que resultados validados pela CNE em Maputo, Matola, Quelimane, Nampula e Chiúre não refletem a vontade do eleitor.
No relatório submetido a instituição chefiada por Lúcia Ribeiro, o Centro de Integridade Pública enumerou as irregularidades apuradas no terreno, desde o processo de recenseamento até o apuramento geral, tendo igualmente anexado dados da contagem paralela as cópias dos editais usados.
Apoiando-se na contagem paralela, aquela organização da sociedade civil observa que alguns resultados validados pela Comissão Nacional de Eleições em determinados municípios, com destaque para Maputo, Matola, Quelimane, Nampula e Chiúre, “não refletem a vontade do eleitor e que a actuação dos órgãos eleitorais influenciou negativamente no processo eleitoral, o que poderá contribuir para o aumento do descrédito destes órgãos e na redução do nível de participação dos eleitores nos próximos pleitos eleitorais”
Face as irregularidades que já são de domínio público, o Centro de Integridade recomenda ao Conselho Constitucional para “verificar os dados apresentados pelo CIP, referentes ao PVT, comparando os dados da CNE e os dados remetidos pelo CIP, para que se possa esclarecer a disparidade de votos obtidos pelos partidos políticos e, por outro lado, “Investigar as irregularidades e os ilícitos eleitorais reportados e como eles afectaram o processo eleitoral no seu todo
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