Na validação do Conselho Constitucional, a Renamo, que para a CNE saiu derrotado em todas autarquias, conquistou quatro municípios, nomeadamente, Quelimane, Chiure, Vilankulo e Alto Molocué. Contudo, a mandataria do maior partido da oposição, Glória Salvador, não estava feliz com os resultados, uma vez que entende o seu partido venceu em outros municípios, tendo, por outro lado, referido que a CNE e CC são “farinha do mesmo saco”.
Para quem, segundo a CNE, saiu derrotado em todas as 65 autarquias nas VI Eleições Autárquicas seria motivo de júbilo ouvir que venceu pelo menos em quatro municípios. No entanto, a validação dos resultados por parte da Conselho Constitucional não beliscou a onda de insatisfação no seio da Renamo.
Na voz da sua mandatária nacional, Glória Salvador que referiu que a perdiz não vai se responsabilizar por aquilo que vier a acontecer depois da validação dos resultados, não tem dúvidas de que o Conselho Constitucional não é idôneo, ou seja, não é diferente da Comissão Nacional de Eleições.
“As marchas não pararam, paramos apenas para ouvir resultados da Conselho Constitucional. Tínhamos fé que a CC fosse idônea e diferente da Comissão Nacional de Eleições, mas acabou nos provando que todos são farinha do mesmo saco. Vamos voltar com muita força porque não era isto que o povo esperava. Os números da Frelimo baixaram em muitos municípios, a pergunta que não se quere calar é onde apanharam esses votos, quem vai pagar por isso?”, questionou Salvador para depois referir que o Conselho Constitucional foi capturado pela teia da Frelimo
“Não recuperamos Quelimane, ganhamos no dia 11 de Outubro. O que a Frelimo fez foi provar ao mundo que tinha os 65 municípios, mas o CC conseguiu fechar olhos e voltar a razão. Em Mandimba e Moatize dava ordem para a repetição, mas neste acordão ignorou. Que tipo de CC é este que diz uma coisa hoje e amanhã traz outra? Moçambique está praticamente vendido. Confirmou-se em grande forma que o Conselho Constitucional foi capturado pela Frelimo. Eles sentaram e redefiniram os mandatos”.
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