Por entender que o muro do jurista e membro da Frelimo, Carlos Jeque, importunava a circulação de pessoas e bens, o Governo do Distrito de Marracuene deu ordens para a demolição do mesmo nesta terça – feira, 28 de Novembro. Se por um lado, o Governo de Marracuene justificou que a destruição do murro deriva da decisão judicial. Por outro, Jeque prometeu reconstruir a vedação ora destruída e alega que está a ser perseguido por pessoas que fizeram de tudo para não ser cabeça – de – lista da Frelimo em Marracuene.
Os residentes do bairro 29 de Setembro, arredores do Distrito de Marracuene, estão de costas voltadas com o Jurista Carlos Jeque pelo facto do mesmo ter erguido um muro de vedação na rua.
Joana Magaia reconhece que Jeque é nativo de Marracuene, mas refere que mesmo com este estatuto não tem direito de promover desmandos. “Ele é jurista e entende as leis, por isso, não devia ter feito essa pouca vergonha. Este senhor está em contra – mão com aqueles que são as ideias do partido. Com nativos e moradores deste bairro agradecemos ao Governo de Marracuene por ter tomado uma decisão para beneficiar a maioria ao invés da elite”, disse para Magaia para posteriormente Armindo Miguel, de 78 anos de idade, acusar Carlos de Jeque de se apoderar de uma rua com mais de 40 anos.
“Desde jovem usava esta rua. Contudo, a mesma foi encerrada por um indivíduo que se intitula dono de Marracuene. Felizmente, o murro foi demolido e continuaremos a usar a rua. O Carlos Jeque deve se conformar com a decisão do tribunal e construir a vedação no seu espaço.
Reagindo a demolição do murro, o jurista e membro da Frelimo prometeu reconstruir a vedação ora destruída. “Vou construir até me matarem, porque aqui é minha casa, onde eu nasci. Aqui não há parcelamento, porque nós viemos aqui em 1940 ou 1944. Não havia rua aqui. Quem é que parcelou aqui? São zonas não parceladas, por isso é que sempre vão buscar a Polícia para me amedrontar, e eu não tenho medo. Eu vou gastar até me matarem, porque aqui vou fechar mesmo. Não há população, é o secretário do bairro; não há população. Esta Polícia vem aqui para matar-me, não há outra coisa”, disse Carlos Jeque, citado pelo O País.
Enquanto o Governo de Marracuene justificou que a destruição do murro deriva da decisão judicial e continuará a garantir a livre circulação de pessoas e bens, Jeque alega, por outro lado, que está a alvo de perseguição por pessoas que fizeram de tudo para não ser cabeça – de – lista da Frelimo em Marracuene.
“Fizeram tudo para eu não ser cabeça-de-lista. Removeram isto tudo para eu não ser cabeça-de-lista. Agora, como a Comissão Política mandou o meu nome para membro da assembleia, querem-me sujar, para eu não ser membro da assembleia. Estão a fazer tudo para eu não ser presidente da Assembleia Municipal de Marracuene, mas eu vim para trabalhar para o meu povo, para Marracuene, e eu aqui vou morrer”.
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