As eleições marcadas para o próximo dia 10 de Dezembro em quatro autarquias do país podem estar em risco, pelo menos em Nacala Porto, na província de Nampula, onde populares e simpatizantes da Renamo tem estado a se mobilizar para inviabilizar o pleito, por considerarem que o tribunal devia mandar repetir o pleito em todas mesas e não somente em 16 como determinou o Conselho Constitucional.
Os munícipes de Nacala Porto começaram a colocar a circular cartazes de apelos a inviabilização do processo eleitoral naquele ponto do país, através de acções de resistência que irão começar na noite de 09 de Dezembro para impedir a activação das referidas mesas nas duas escolas, bem como no próprio dia.
Em mensagens citadas pelo jornalista Arlindo Chissale, os nacalenses prometem incendiar todo material eleitoral e gerar escaramuças para que não se realize a repetição das eleições nas 16 mesas, por entenderem que o processo deve ser repetido em toda autarquia, dada a gravidade das irregularidades.
Relata-se que os jovens estiveram em concertação, há dias, para traçarem estratégias de como deverão agir no dia das eleições. A recusa dos nacalenses em irem às urnas somente em 16 mesas é já do conhecimento dos órgãos centrais da Renamo, que tentam convencer aos seus apoiantes e simpatizantes para não enveredarem pelo caminho que está a ser traçado.
O presidente do município, Raúl Novinte, e o delegado distrital da Renamo, Rácio Daudo, tiveram que voar de emergência para Maputo para receberem orientações superiores, depois da resistência demonstrada a acatar ordens emitidas por via de um despacho.
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