As lágrimas do Veterano é o livro de autoria do antigo primeiro-ministro moçambicano, Alberto Clementino Vaquina, que escreve com o pseudónimo Yavanha Ahona, lançado na última quinta-feira, em Maputo.
A obra contém vários contos, diferentes um dos outros, cada um com a sua própria vida e individualidade, gerados em circunstâncias diversas, redigidos pelo autor no período compreendido entre 1980 e 1993.
Yavanha Ahona, em língua Emakua, significa “Quem desmentiu já está a ver”.
Histórias como a Morte do Dono, Mwanaxa ou o Homem, que fizeram a obra, têm como objectivo fixar em registo escrito factos ocorridos na província de Nampula, norte de Moçambique, ou que se acredita terem ocorrido em outros cantos do país.
“O livro foi escrito no período em que o país estava em guerra, e é por isso que, quando se lê o livro, se entende que de uma ou outra forma fica claro que ele é construído numa altura em que o país estava em luto, a ideia é que nós precisamos de construir juntos o país que queremos, disse Vaquina”.
O autor da obra afirma que a construção de um país melhor é uma tarefa de todos os moçambicanos e, para que isso seja possível, é preciso vencer preconceitos, aproximando-se uns aos outros.
“As pessoas têm preconceitos, há quem pense, por exemplo, que os Changanas são diferentes, ou é difícil entendê-los … é como numa família, nem todos pensam da mesma forma”, referiu.
Questionado se a sua aparição teria a ver com as eleições gerais de 2024, Vaquina respondeu “Eu nunca estive desaparecido. Estava na minha aldeia a tomar conta da minha família, a minha tarefa é a que eu tenho em cada momento histórico”.
Participaram no evento várias individualidades, incluindo o antigo Chefe de Estado, Joaquim Chissano, escritor Ungulani Ba Ka Khosa, antigos bastonários da Ordem dos Advogados, entre outros convidados.
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