Alfazema defende que voto electrônico não é suficiente para acabar com ilícitos eleitorais devido ao comportamento humano

DESTAQUE POLÍTICA

Os ilícitos eleitorais registados um pouco por todo país aumentaram a desconfiança sobre as instituições de administração eleitoral. Numa altura em que se olha para o voto electrônicos com a solução para com a fraude em Moçambique, Dércio Alfazema, director do Instituto para a Democracia e Multipartidarismo, observa que a introdução deste instrumento não seria a solução devido à falta de confiança e comportamento humano.

Em resposta a proposta de voto electrônicos dos Juízes que representam a Renamo no Conselho Constitucional para combater os ilícitos eleitorais, Dércio Alfazema defende que esta solução não é suficiente.

“É mais uma proposta e há vários estudos e relatórios de observação que já recomendaram também o uso do voto eletrónico como uma das alternativas para buscar a transparência e credibilidade no processo eleitoral, mas não é suficiente. Porque a questão das eleições em Moçambique tem várias outras dimensões e há outras recomendações também que precisam ser acopladas a estas para podermos ter a necessária transparência”, disse Alfazema numa entrevista concedida ao DW África

De acordo com director do Instituto para a Democracia e Multipartidarismo, o voto electrônico não seria a solução devido à falta de confiança e comportamento humano.

“Se nós resolvermos o problema de confiança e resolvermos a questão de comportamento, mesmo com o atual modelo, sem mexermos nada em termos de legislação, podemos ter eleições justas, livres e transparentes, eleições convincentes. Mas enquanto não tivermos confiança e enquanto o comportamento humano continuar a ser este elemento que cria esta interferência negativa, mesmo com voto eletrónico, pode não dar em nada. Mas é uma via para reforçar a transparência, precisando claramente de ter outros elementos adicionais”.

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