Os professores encabeçados pela Associação Nacional dos Professores saíram a rua nesta quarta-feira, 03 de Janeiro, para marchar em reivindicação dos mais de 13 meses de horas extras que lhes são devidos pelo Executivo. Como forma de pressionar o Governo, os docentes ameaçam boicotar o arranque do ano lectivo.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) recebeu ordens superiores para inviabilizar a marcha pacifica, mas os professores não cederam e a mesma teve que continuar já com a protecção policial.
Durante a manifestação que teve lugar na Cidade da Matola, província de Maputo, os professores acusaram a Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, de faltar com verdade sobre os recorrentes atrasos no pagamento das horas extras.
Falando em nome da classe docente, Isac Marengula, Presidente da Associação Nacional dos Professores, ameaçou boicotar o arranque do ano lectivo em caso do Governo não melhorar as condições de trabalh0.
“Estamos cansados de ser qualquerizados, exigimos o que é nosso por direito. Não estão a pagar as horas extras. Exigimos melhorias das condições de trabalho. Estamos a dizer que se o Governo não responder às nossas reivindicações não vamos estar para abertura do ano lectivo em todo país”, declarou Marengula
Um docente que preferiu se identificar pelo nome de Cabral referiu que no corrente a classe não se vai deixar enganar pelas promessas do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
“O Governo disse que já foram pagos uma parte dos mais de 13 meses das horas extras, mas são poucos professores que viram a cor do dinheiro. Já cansamos de promessas. No corrente ano já não nos vamos deixar pelas promessas do pelouro que tutela o sector da educação”, declarou.
Facebook Comments