Sandramo critica discurso de comodismo sobre a situação de terrorismo em Cabo Delgado

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Desde Outubro de 2017 que os terroristas semeiam luto e terror na província de Cabo Delgado. Apesar dos êxitos alcançados no Teatro Operacional Norte, o Bispo de Pemba, Dom Juliasse Sandramo, mostrou-se preocupado com a normalização do terrorismo naquela parcela do país. Por outro lado, Sandramo teceu duas críticas ao discurso de comodismo sobre a situação de terrorismo em Cabo Delgado

As Forças de Defesa e Segurança, com o auxílio das tropas amigas, continuam no encalço dos grupos armados com o objectivo de repor a ordem e tranquilidade na província de Cabo Delgado. No entanto, mesmo com a aparente calma que se regista no presente, Dom Juliasse teceu duras críticas a forma com que o Executivo moçambicano e outros países tratam a situação do terrorismo em Cabo Delgado,

Segundo Sandramo, citado pelo Jornal o Pais, há um discurso de comodismo que faz transparecer que a situação está controlada naquela parcela do país.

O Bispo Pemba olha para a actual situação com preocupação, uma vez “não podemos domesticar uma situação de violência. Nós temos a nossa história, nossa cultura e nossas conquistas, e não podemos dizer que o terrorismo não acaba e o que devemos fazer é apenas controlar. Esse tipo de discurso não nos mobiliza para a busca de novos caminhos para ultrapassar as dificuldades. Pelo contrário, pode-nos levar a ficar cómodos e passarmos a conviver com esta situação”, explicou Dom Juliasse.

Para além de instar as autoridades a entenderem que a unidade nacional significa que o problema que afecta uma parte do país é problema de todo o país, Dom Juliasse Sandramo mostrou-se chocado com as constantes violações dos direitos humanos na provi9ncia de Cabo Delgado.

“Algumas pessoas não sentem a dor quando escutam que morreram cinco militares, mas esses militares são filhos de uma família e são moçambicanos como eu e como outros. Se morrem também os insurgentes, alguns podem não sentir por serem insurgentes ou causadores do mal, mas são seres humanos e são moçambicanos. A guerra provoca morte e destruição e não podemos ficar contentes com isso”, lamentou

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