Eleições podem criar derrapagem dos Orçamentos em vários países, incluindo Moçambique – alerta directora do FMI

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Em Outubro do ano em curso, os moçambicanos serão chamados às urnas para escolher o sucessor de Filipe Nyusi na Ponta Vermelha. Na análise do Fundo Monetário Internacional a realização de eleições em Moçambique assim como em muitos países pode criar derraparem no Orçamento de Estado.

De acordo com a directora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, os países gastam excessivamente com a realização das eleições o que, de certa forma, acaba criando pressão nas finanças públicas.

Georgieva, que referiu que quase 80 países vão ter eleições no corrente ano, sublinhou que os Estados precisam restabelecer as suas reservas orçamentais e gerir a dívida que tende a crescer com vista a lidar com choques desde a pandemia da Covid-19.

“A dívida de todos os países aumentou significativamente, criando dificuldades nos Estados mais vulneráveis, que enfrentam barreiras de reembolso num contexto de subida das taxas de juro”, alertou.

Para contornar o cenário de endividamento, a directora do Fundo Monetário Internacional insta os países a continuarem com restrições na política monetária no ano em curso.

“Em 2024 devem ser aplicadas as lições aprendidas nos últimos anos. Devemos estar preparados para as incertezas que surgirão (…) se a política monetária permanecer restritiva e a despesa orçamental aumentar, tal irá contra o objectivo de reduzir a inflação”.

De lembrar que, segundo o Executivo, as eleições gerais vão custar aos cofres do Estado cerca de 6,5 mil milhões de meticais

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