O crime organizado, com destaque para os raptos, continua a exibir a sua musculatura nas principais do país. Para travar o fenômeno que já precipitou a saída de muitos empresários da perola do indico, Raimundo Diomba, deputado da Frelimo e presidente da Comissão da Defesa, Segurança e Ordem Pública na Assembleia da República, defende melhor preparação dos agentes da lei e ordem.
Enquanto a promessa de uma brigada anti-raptos não passa da teoria para a pratica, os criminosos continuam a passear a sua classe. Na opinião do antigo Governador da província de Maputo, que referiu que solicitou a polícia para neutralizar um ladrão na sua casa e esta não fez alegando que não tinha meios para o efeito, os agentes da lei e ordem precisam de maior preparação para combater os raptos.
“A Polícia precisa de capacitação e equipamentos, temos de a equipar para depois exigir. Eu tenho um caso em que, à minha casa, apareceu alguém a roubar, a querer violentar-me; comuniquei à Polícia sobre a ocorrência. O agente que me atendeu disse que estava sozinho na esquadra e não tinha meios para se deslocar até à minha casa e que não queria andar a pé, então eu tinha que o buscar até à minha casa”, declarou.
O porta – voz da bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique, por sua vez, aponta o dedo ao comando geral da Polícia da República de Moçambique pelo clima de instabilidade que se vive nas principais cidades do país.
“Temos todo o tipo de Polícia que se pode imaginar, mas, infelizmente, as directrizes, as orientações é que estão a ser transmitidas muito mal por parte do Comando Geral da PRM; não há capacidade de transmitir orientações claras de forma a que seja estancado todo o tipo de crime”, referiu
Importa salientar que, durante o seu Informe Anual, o Presidente da República, revelou que em 2023 houve redução do número de raptos no país, uma vez que foram registados seis raptos contra 12 em ralação a 2023, sendo que apenas quatro foram esclarecidos.
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