Full Moçambique pretende produzir mais de 1000 toneladas para responder a demanda do pescado no país

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Segundo o Ministério do Mar, Águas do Interior e Pescas, a produção pesqueira global encontra-se na fase de declínio não havendo espaço para grandes aumentos na produção pesqueira por via da exploração de recursos pesqueiros em meio natural. Com o actual crescimento populacional, a necessidade de abastecimento em pescado para a população vai crescendo e assim a aquacultura surge como a oportunidade do futuro tanto para abastecimento interno em pescado assim como para exportação. A Full Moçambique é uma das empresas que abraçaram o ramo da aquacultura no país, tendo em 2022 impulsionado para 57,6% o volume do fornecimento do pescado. Para o corrente ano, a Full almeja produzir mais de 1000 toneladas para fazer face o declínio da produção pesqueira.

Jossias Sixpence-Beira

Em Moçambique, a aquacultura é, maioritariamente, artesanal E com fins de subsistência. O desenvolvimento desta actividade tem sido afectado, dentre vários factores, por insuficiência e fraca qualidade de insumos aquícolas, nomeadamente, ração e alvinos o que, de certa forma, limita investimentos para pesquisa, investigação e serviços de extensão, reduzido número de técnicos e extensionistas.

O Governo da província de Sofala tem potencializado a criação do peixe em cativeiro para responder a demanda devido à explosão demográfica como forma de responder a demanda e com o surgimento de investimento chinês de cerca de 100 milhões de meticais para investir responder uma parte deste desafio.

Visando impulsionar a prática da aquacultura em Moçambique, sobretudo na província de Sofala, a Full Moçambique abraçou o ramo da produção de rações e alvinos com vista a impulsionar a produção de peixe em cativeiro.

Actualmente, a Full Moçambique para além fabricar ração e produção de alvinos, tem formado associações que actuam na área de aquacultura, como forma de doptar de técnicas de produção de peixe em cativeiro com uso tradicional e tecnológico como forma de potencializar a prática de aquacultura na província.

“Já estamos a exportar peixe 220.8 toneladas em cativeiro e um aumento de 57.6% comparativamente a 2022. Temos exportado em vários países de África, Europa e América e para além de produção temos apoiado iniciativas de apoio técnico e assistência técnica para associações que actuam na área de aquacultura para potencializar a produção” disse Eugénio dos santos Fernando, chefe de departamento de tecnologia, pescado e comunicação.

Por sua vez, o director da Full Moçambique disse que actualmente que empresa por si dirigida tem fornecido rações para a província de Manica, Sofala, Nampula, sendo que a província de Maputo já manifestou interesse para aquisição.

“Nós estamos a fornecer actualmente nas províncias de Nampula, Sofala, Manica e recentemente houve algum interesse na província de Maputo e este ano vamos produzir mais de 1000 toneladas para outros países” disse o Mouli Liu.

Refira-se que apesar do país possuir um enorme potencial para a aquacultura, o desenvolvimento desta actividade é ainda incipiente e praticada de forma dispersa e em regime de subsistência pelas comunidades.

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