Reina um ambiente de cortar à faca entre Fly Modern Ark (FAM) e a Direcção- geral das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). Recentemente, Sérgio Matos denunciou esquemas de desvio de dinheiro e sabotagem dentro da companhia de bandeira. A Direcção-Geral da LAM diz que foi apanhada de surpresa e, através da carta endereçada ao ministro dos Transportes e Comunicações, distancia-se dos pronunciamentos da FAM, esclarecendo que esta é responsável por todos os pagamentos efectuados na empresa.
Era uma conferência de imprensa para esclarecer o que estava por detrás do atraso de voos no domingo, 11 de Outubro, porém, Sérgio Matos, gestor do projecto de Reconstrução das Linhas Aéreas de Moçambique, despoletou um esquema de corrupção e sabotagem no seio da companhia de bandeira.
Matos revelou, por um lado, que o desvio de dinheiro é feito através das POS’s, sendo que em Dezembro aquela empresa estatal comparando o volume de vendas e o fluxo da caixa teve um défice de três milhões de dólares. Por outro, despoletou esquemas de corrupção no abastecimento de combustíveis nos aviões.
Os pronunciamentos da Fly Modern Ark não agradaram a direcção – geral das Linhas Aéreas de Moçambique que, através de uma carta enviada ao ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, distancia-se das declarações de Sérgio Matos.
“A Direcção da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique SA, reunida em colectivo de emergência, distancia-se dos pronunciamentos feitos pela FMA, na conferência de imprensa decorrida no dia 12 de Fevereiro, na sala de reuniões do Conselho de Administração da LAM (…) Esta informação não foi previamente partilhada com a Direcção-Geral da LAM, tendo sido esta colhida de surpresa quando a informação foi veiculada pelos órgãos de informação”, refere a Direcção – geral da LAM citado pelo Jornal o País.
Ainda na carta enviada a Mateus Magala, a Direcção – geral o da companhia de bandeira observa que os pronunciamentos do gestor do projecto da Reconstrução da LAM poderão impactar negativamente a saúde da empresa.
“Preocupa-nos o impacto desses pronunciamentos na reputação da empresa (LAM), dos trabalhadores e das auditorias de certificação e dos grandes clientes a realizarem-se ainda este ano”, lê-se na carta assinada por João Pó Jorge.
No que ao alegado desvio de fundos diz respeito, Pó Jorge revelou que a Fly Modern Ark é responsável por todos os pagamentos efectuados nas Linhas Aéreas de Moçambique. “Informamos, igualmente, que a gestão de caixa (tesouraria) da LAM está sob responsabilidade exclusiva da Fly Modern Ark, que se responsabiliza por todos os pagamentos que são efectuados na LAM”.
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