O sector privado na província de Cabo Delgado, através do presidente da Confederação das Associações Econômicas de Moçambique (CTA) ao nível da província de Cabo Delgado), defendeu retirada do investimento francês na Área 1 da Bacia do Rovuma, justificando que este só trouxe desgraça para a província.
A Embaixada da França em Maputo recomendou, recentemente, os seus cidadãos para não viajarem para alguns distritos da província de Cabo Delgado devido as ameaças terroristas. Este apelo não agradou ao empresariado local.
O presidente das Associações Econômicas de Moçambique na província de Cabo Delgado referiu que os investimentos franceses na província de Cabo Delgado só trouxeram desgraça e mais insegurança, daí que defende a retirada dos mesmos, uma vez a população nunca se beneficiou dos projectos de gás de natural.
“Porque mesmo sem França, sem estes petróleo, Cabo Delgado sempre viveu, e até vivia mais melhor em relação a agora com está bacia do rovuma. Até por mim era só cancelar essa situação [….] e continuarmos a trabalhar com agricultura, porque não estamos a ver vantagens, apenas estamos a ver desvantagens nós empresários, estamos a ver a desvantagem da população da província de Cabo Delgado, desde que se descobriu está situação[….] Estão mesmo que saiam, saiam a vontade nós estaremos a trabalharmos as nossas terras”, atirou, Mamudo Irachi, citado pela Zumbo FM Notícias.
Irachi referiu, por outro lado, que a descoberta de gás natural e petróleo estão por detrás da situação de insegurança na província de Cabo Delgado e, por isso, defende que a França pode retirar os seus investimentos porque a população sempre viveu na base da agricultura e pesca.
“Então se querem retirar, retirem e vão embora e nós continuamos com as nossas actividades como vínhamos fazendo, nós não vivemos de gás aqui não vivemos de petróleo. Estamos a viver de agricultura e sempre vivemos na base da indústria, vivemos na base das nossas pescas. Qual é a diferença que existe? Estamos aqui desde período de 2010 até neste momento a sofrermos, diferentemente de onde vinhamos. Eu tinha liberdade de passear tinha liberdade de fazer meus negócios, mas agora não posso fazer, são tantas viaturas são tantos carros que estão [….] Nem sabemos porque estão a sofrer os empresários. Para mim é penas que não sou eu que determino era só dizer que França leva lá seu investimento volta e nós continuamos acabou[….], rematou.
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