Moçambique pede material letal para combater terrorismo, mas deixa tudo ao critério da UE

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O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, reforçou, nesta quinta-feira, 29 de Fevereiro, a necessidade do país receber apoio de equipamento letal da União Europeia (UE) para combater o terrorismo. No entanto, a UE referiu que só vai dar resposta cabal sobre o assunto depois da avaliação da primeira fase do programa de apoio à Moçambique para combater os grupos armados na província de Cabo Delgado.

O apoio da União Europeia no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado está essencialmente virado para a formação de militares e envio de equipamento não letal.

À margem da visita do Comitê Político e de Segurança da União Europeia, o ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, pediu o mesmo apoio que a UE tem dados a outros países que enfrentam o terrorismo nos seus territórios, ou seja, armamento letal.

“Reforçamos a necessidade de que não basta simplesmente o apoio em Moçambique no treino de pessoas, provisão de equipamentos não letais, mas é importante, considerando que o terrorismo que temos em Moçambique é internacional, então os esforços que a União Europeia tem dado para outros países que sofrem do mesmo fenômeno poderiam ser partilhados com Moçambique e prover equipamento letal, mas é uma questão que deixamos ao critério da União Europeia para continuar com as consultas internas, quem sabe se poderíamos ter resultados para a segunda fase do programa que temos com a UE”, declarou Chume.

Na resposta, Delphine Prank, presidente do Comitê Político e de Segurança da União Europeia disse que o repto lançado pelo titular do pelouro da Defesa e Segurança será avaliado depois da avaliação da primeira fase do programa de apoio a Moçambique na contra o terrorismo na província de Cabo Delgado.

“Isso não faz parte do assunto, estamos aqui simplesmente para avaliar como é que os recursos dados recentemente estão a ser usados para erradicar o terrorismo na província de Cabo Delgado”, disse Prank para depois referir UE só vai dar resposta sobre o assunto depois da avaliação da primeira fase do programa de apoio a Moçambique para combater os grupos armados na província de Cabo Delgado

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