Terroristas intensificaram ataques em Fevereiro e mataram 20 membros das FDS

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No passado mês de Fevereiro, segundo o Observatório dos conflitos, Cabo Ligado Mensal, os terroristas intensificaram ataques na província de Cabo Delgado e mataram pelo menos 20 membros das Forças de Defesa e Segurança. O relatório do Observatório dos Conflitos aponta, por outro lado, que “a falta de comunicação consistente sobre o conflito no norte de Moçambique continua a ser uma das maiores fraquezas das autoridades moçambicanas na sua resposta à insurgência”.

O recrudescimento do terrorismo em Fevereiro provocou uma nova onda de deslocados. No mês em alusão, de acordo com o Observatório dos conflitos, Cabo Ligado Mensal, entre os dias 09 e 28, os grupos armados intensificaram ataques no sul do distrito de Chiùre, sendo que apenas tiveram um confronto com as Forças de Defesa e Segurança.

“O mês de Fevereiro foi mais notável pelo avanço do Estado Islâmico de Moçambique (EIM) para sul, até ao distrito de Chiúre, e por uma vitória significativa do grupo no distrito de Macomia. O EIM esteve activo em Chiúre entre 9 e 28 de Fevereiro, com pelo menos um grupo a deslocar-se para norte, para o distrito de Ancuabe, na segunda metade do mês, presumivelmente regressando aos campos no distrito de Macomia. Embora as Forças de Segurança Ruandesas (RSF) tenham sido enviadas para Chiúre a partir da sua base de Ancuabe, a norte, ACLED regista apenas um confronto entre o EIM e as forças estatais no distrito de Chiúre durante o mês, e um confronto com a milícia desarmada de Naparama”, refere o relatório

Na sequência das incursões dos terroristas, o Observatório dos conflitos, Cabo Ligado Mensal revela que pelo menos 20 membros das Forças de Defesa e Segurança foram abatidos.

“No distrito de Macomia, a 9 de Fevereiro, o EIM invadiu uma base das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) na aldeia de Mucojo, na costa de Macomia. Esta foi a terceira vez que o controlo da aldeia mudou de mãos desde 20 de Janeiro. O EIM matou pelo menos 20 no ataque. As FADM não regressaram à aldeia, cedendo assim efectivamente o controlo de Mucojo e áreas circundantes ao EIM”

Apoiando-se nos depoimentos do Presidente da República, Filipe Nyusi, e do ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, sobre o estágio do terrorismo na província de Cabo Delgado àquele relatório conclui que “a falta de comunicação consistente sobre o conflito no norte de Moçambique continua a ser uma das maiores fraquezas das autoridades moçambicanas na sua resposta à insurgência”, por sinal, “uma característica desde o início do conflito”.

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