O membro da Comissão Política da Frelimo, Teodoro Waty, defende que não é necessário ser militante do partido no poder para saber que a segurança na província de Cabo Delgado é garantida pelas forças da SADC e pelas forças de Kigali. Relativamente a demora histórica no anúncio dos pré – candidatos, Waty instou a Comissão Política para não testar os corações dos camaradas.
A chegada das tropas estrangeiras, sobretudo as ruandesas, de acordos com os partidos da oposição, Renamo e MDM, colocou em casa a soberania nacional.
No entender do proeminente membro da Frelimo, Teodoro Waty, por sinal membro da Comissão Política, não há dúvidas de que, actualmente, são as forças amigas que garantem a segurança na província de Cabo Delgado.
“Cabo Delgado, durante muito tempo, foi assunto tabu. Poucos deviam mostrar saber que em algumas porções do território não se exercia a soberania do Estado por muitas horas, dias ou mesmo semanas. O tabu continua. Não é necessário ser membro da Frelimo para saber que a segurança de Cabo Delgado é garantida pelas forças da SADC e pelas forças de Kigali. Louvamos a cooperação, mesmo sem saber em que condições ela é feita, em termos de objectivos e prazos. Mas isso deve-se facto de não devermos saber”, disse Waty numa entrevista concedida ao Canal de Moçambique.
Ao contrário do que aconteceu com Armando Guebuza e Filipe, que foram anunciados como candidatos quando faltavam largos meses para a realização das eleições gerais, o próximo candidato da Frelimo terá pouco para percorrer o país. Esta situação levanta questionamento no seio do partido e na sociedade civil.
Perante ao actual cenário, o destemido Teodoro Waty insta a Comissão Política para não testar os corações dos camaradas.
“Apenas pedir a comissão política que não teste os Corações de muitos membros sequiosos de novidades, uns porque são candidatos, que não precisam de mordiscar, outros porque apoiam uns são candidatos, outros porque precisam mudar as agulhas”, atirou.
Nas entrelinhas, o proeminente membro da Frelimo mostrou que não alinha com a teoria de que Filipe Nyusi tem receio que o próximo inquilino da Ponta Vermelha lhe sirva o mesmo cálice que terá servido a Armando Guebuza.
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