Nyusi pede a OJM “vitória expressiva e convincente” nas eleições nas eleições gerais

• Presidente da Frelimo não quer ver jovens a carregarem agendas alheias
• OJM pede redução de 5% das propinas do ensino superior

Os moçambicanos serão, no dia 09 de Outubro corrente ano, chamados as urnas para escolher o sucessor de Filipe Nyusi na Ponta Vermelha. Gorada a possibilidade do tão almejado terceiro mandato, na qualidade de presidente da Frelimo, Nyusi instou a Organização da Juventude Moçambicana (OJM), braço juvenil da formação política por si liderada, a trabalhar para que o partido no poder alcance uma “vitória expressiva, clara e convincente”. Ainda na sessão de abertura da sessão de abertura da Terceira Sessão Ordinária OJM, o Chefe de Estado instou aos jovens camaradas para não carregarem cegamente as agendas alheias.

O terceiro mandato para Filipe Nyusi chegou a ser ensaiado nos corredores. Contudo, apanhou oposição dentro da própria Frelimo, sendo que neste momento o partido trabalha para escolher aquele que, possivelmente, será o sucessor de Nyusi na Ponta Vermelha.

Quando se caminha a passos largos da realização das eleições presidenciais, legislativas, para as Assembleias Provinciais e para Governador de Província, na qualidade de presidente do partido sexagenário, Filipe Nyusi instou a Organização da Juventude Moçambique, braço juvenil da Frelimo para trabalhar com vista a garantir uma vitória expressiva e convincente nas eleições agendadas para o dia 09 de Outubro.

“Preparem uma vitória expressiva, clara e convincente da Frelimo nas eleições gerais, presidenciais, legislativas, para assembleias das províncias, de 09 de Outubro próximo”, disse Nyusi durante a abertura da terceira sessão do Conselho Nacional da OJM.

Nas eleições autárquicas realizadas em Outubro do ano passado, o partido no poder viu a sua popularidade testada e, por isso, trabalha afincadamente para evitar surpresas. De acordo com o presidente da Frelimo, vencer é a prioridade do momento no seio dos camaradas.

“Sem receios de prováveis questionamentos quando são abonados com vitórias”, apontou Filipe Nyusi para depois apontar que a Frelimo almeja uma vitória histórica no dia 09 de Outubro, reconhecendo que este objectivo será fruto de sacrifício, trabalho, unidade e vigilância.

Para além de pedir união no seio da Organização da Juventude Moçambicana, o presidente da Frelimo declarou que a juventude do partido por si dirigido não pode carregar cegamente agendas alheias.

“A Organização da Juventude Moçambicana deve afirmar-se como ponto de convergência de ideias construtivas e não de agendas de grupos que só concorrem para a divisão e a fragilidade do partido. Por outro lado, a OJM não pode ser veiculo de apetites de indivíduos, mas sim deve ter o domínio de todo tipo de manobras internas ou externas que podem colocar em causa a integridade da Frelimo e dos moçambicanos, por isso, a OJM é convocada a fazer a sua agenda e não carregar cegamente as agendas alheias inconfessáveis. É chegado o momento para a OJM capacitar-se para vencer a onda de manipulação e aliciamento sobretudo aos ovéns que enfrentam o desemprego para cumprirem agendas que estão contra os moçambicanos”

Por seu turno, o secretário-geral, Silva Livone, da OJM instou direcção do partido para tomar em consideração as mudanças que estão em curso no país no âmbito da transição política no seio da Frelimo.

“Como jovens também temos que dizer que governar significa responsabilidade, governar significa servir o povo que nos confiou, isso, durante a nossa terceira sessão vamos também debater a postura e disciplina dos membros da OJM na sociedade. 2024 eh um ano eleitoral, a OJM tudo fará para que a Frelimo vença as eleições de forma expressiva, mas queremos que direcção do partido perceba as mudanças que hoje se vivem no seio da juventude, maior faixa eleitoral do país, só percebendo a juventude e os seus desafios eh que podemos orienta-la a estar com  as ideologias e linhas políticas da Frelimo” declarou Livone.

Nas entrelinhas, secretário-geral da Organização da Juventude Moçambicana pediu ao Chefe de Estado a redução de 5% do valor das próprias no ensino superior e a extensão do ensino gratuito para 11ª classe.