O vice – presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Mazanga, reconheceu que é tarefa dos órgãos de administração eleitoral fiscalizar o processo de recenseamento eleitoral e os actos eleitorais. Contudo, revelou que a falta de fundos está a condicionar a supervisão do recenseamento eleitoral.
“A tarefa número um dos órgãos eleitorais, da Comissão Nacional de Eleições, é fazer a supervisão do recenseamento e dos actos eleitorais. Esta é a actividade principal da Comissão Nacional de Eleições. Se a Comissão Nacional de Eleições não faz a supervisão do recenseamento neste momento, então não está a fazer o seu papel. O seu papel está a ficar ofuscado, porque não há disponibilização de dinheiro. Até chegamos a pensar que pode ser propositado para que o recenseamento seja de má qualidade. Eventualmente, está-se a falar de recenseamento paralelo e de recenseamento nas casas dos secretários dos bairros. Tudo isto está a ser causado pelo Ministério da Economia e Finanças. Temos uma colega da Comissão de Finanças na CNE, que quase dorme lá, atrás do dinheiro que a CNE tem por direito”, rematou Mazanga.
Fernando Mazanga denunciou, por outro lado, que a Comissão Nacional de Eleições ainda não pagou 50% do valor que deve aos brigadistas, tendo revelado que há províncias receberam o dinheiro que não era para os brigadistas, mas sim para outras despesas.
“Estes brigadistas têm um contrato com o STAE, e o contrato reza que, logo após a assinatura, devem receber 50% do total do valor a receber, para permitir que estejam na brigada sem sobressaltos. Ora, o que está a acontecer até este momento, em todo o país, com todos os brigadistas e polícias, é que ainda não receberam esses 50%”, referiu.
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