A Administração da Frelimo reiterou, por diversas ocasiões, que não estava na agenda do Comité Central (CC) o tema da sucessão. No entanto, contra todas as espectativas, todas as intervenções, seja das reuniões dos órgãos sociais e até na abertura do próprio Comité Central, na manhã desta quinta-feira, não contornaram o tema da sucessão.
Filipe Nyusi, Presidente da Frelimo, é até aqui o único a evitar e a se irritar quando o assunto sobre a sucessão é abordado, como bem se viu na reunião de ACLIN, esta sexta-feira, no decurso da intervenção de Óscar Monteiro, quando elevou os ânimos e interrompeu a intervenção daquele veterano.
“Óscar, Óscar… esta já está, te mais alguma coisa?”, perguntou Nyusi, depois de interromper a colocação, aparentemente irritado ao ser apresentado o “elefante na sala”. Seguiu-se um momento de tensão, com a sala gelada, ao que Oscar Monteiro retorquiu: – “não, camarada Presidente”, limitando assim o direito de opinião daquele veterano.
Apesar do silêncio formal, ou seja, ausência deste ponto na agenda, o contexto parece impelir a Frelimo a discuti-lo, peso embora não seja da vontade da Administração da Frelimo que tenta limitar-se no perfil do candidato.
Além de Óscar Monteiro, segundo apurou o Evidências mais veteranos destacaram a necessidade deste assunto deixar de ser “um elefante” durante a reunião da ACLIN.
Na manhã de hoje, mais veteranos abordaram o assunto, como é o caso de Armando Guebuza, que falou de esclarecimento deste ponto em dois dias; Alberto Chissano, que confessou ter recebido Samito; Teodoro Waty, que deixou claro que Nyusi não tem qualquer chance de continuar. Juntam-se a estes os representantes dos órgãos Sociais da Frelimo, como Fernando Faustino, Silva Livone e Mariazinha Niquice.
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