Na sua habitual mensagem de saudação ao Comité Central da Frelimo, que hoje iniciou na Matola, a Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLIN) traçou a sua visão sobre aquele que deverá ser o successor de Filipe Nyusi, destacando que dentre várias qualidades, o candidato da Frelimo não pode ser alguém que vai queer ainda inventor a roda, mas sim dar continuidade ao trabalho já realizado pelos seus antecessores.
Depois de um caloroso debate havido ontem no seu Conselho Nacional, a ACLIN aproveitou a abertura do Comité Central para partilhar a sua reflexão sobre o perfil do candidato da Frelimo, visando assegurar a conquista da nossa vitória expressiva nas eleições de 9 de outubro próximo, para a continuação da unidade nacional e coesão interna do partido.
“Na óptica da ACLIN, o candidato da Frelimo, para além de carisma, equilíbrio, ponderação, perseverança, astúcia e inteligência para aglutinar as boas ideias, deve ser uma figura com pragmatismo e que domine com propriedade os grandes dossiês do nosso país, tendo em conta os desafios atuais. O candidato da Frelimo deve ainda ser uma figura que inspira confiança no nosso seio, com um passado limpo, conhecedor da história da Flerimo e dos seus heróis capazes de promover a identidade da Frelimo, a sua memória e ideologia”, disse Fernando Faustino, secretário-geral da Frelimo.
Prosseguindo, Faustino disse ainda que o candidato da Frelimo deve ainda ser alguém com a ambição de vencer, com determinação, com foco e visão holística e integrada na política econômica da sociedade moçambicana.
“Deve ser uma figura que nos garante que vai saber valorizar as conquistas da Flerimo. Estando no estado moçambicano, perceba que para a frente é que o caminho e que não tem de inventar a roda porque ela já foi inventada. Deve trazer novas soluções para os desafios do país sem destruir os ganhos já alcançados. Vou repetir: Deve trazer novas soluções para os desafios do país sem destruir os ganhos já alcançados”, disse Faustino.
A afirmação de que o candidato da Frelimo tem que ser alguém que perceba que “para a frente é que o caminho e que não tem de inventar a roda porque ela já foi inventada”, está a ser interpretada como uma mensagem dirigida a Filipe Nyusi que durante a sua governação buscou escangalhar grande parte dos projectos do seu antecessor, a ponto de ter afirmado no seu último informe sobre o Estado Geral da Nação que dedicou nove anos de governação a criar “bases sólidas para Moçambique crescer nos anos que se seguem”, como que a implicitamente a dizer que os seus antecessores o entregaram um país sem bases de sustentação.
Refira-se que, ainda no seu discurso, a ACLIN destacou que a vigilância deve continuar a ser uma das palavras de ordem, tendo em conta que, no seu entender, “verifica-se uma tendência de existência de grupos que promovem tumultos, assim como o terrorismo, criando um ambiente de instabilidade social seguida de uma onda de anarquia no uso das redes sociais, onde os detratores optam pela desinformação e calúnia das suas vítimas, pelo que a postura prudente, consciente, inteligente e flexível na nossa atuação enquanto organização é crucial”, sublinhou.
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