Os partidos da oposição não estão a fazer o trabalho de observação no processo de recenseamento eleitoral em curso. No entender do Instituto para Democracia Multipartidária (IMD), uma organização da sociedade civil, a falta de observação do recenseamento eleitoral por parte dos partidos da oposição pode propiciar manobras de fraude.
Ao contrário do que aconteceu no recenseamento para as VI Eleições Autárquicas, em que os partidos da oposição tinham observados no grosso das brigadas, no corrente pouco tem se visto o trabalho dos mesmos no que a observação diz respeito.
De acordo com o director de programas do Instituto para Democracia Multipartidária (IMD), Dércio Alfazema, os partidos da oposição estão a dar pouca importância à fiscalização do recenseamento o que, de certa forma, pode propiciar manobras de fraude.
No entender de Dércio Alfazema, por terem abdicado da observação do recenseamento eleitoral os partidos da oposição perderam a legitimidade de reivindicar qualquer anomalia ligada ao processo.
“Os membros que deviam compor as brigadas de recenseamento provenientes dos partidos políticos não estão lá, então não terão legitimidade para depois reivindicar qualquer coisa que seja relacionada com o processo de recenseamento eleitoral” disse Alfazema para posteriormente acrescentar que os partidos devem se organizar para fiscalizar o processo.
“No lugar de estar a monitorar o processo, e a fazer o levantamento das dificuldades, as irregularidades que estão a acontecer, os partidos estão a resolver as suas querelas interna. Há necessidade dos partidos se organizarem para poderem monitorar e fiscalizar o processo, a começar com o recenseamento”.
Prosseguindo, o director de programas do IMD alertou que as eleições que terão lugar em Outubro próximo correm o risco de serem as eleições menos observadas por organizações da sociedade civil e plataformas especializadas por falta de recursos financeiros.
Facebook Comments