Alberto Vaquina e a actual governação: “Não merecemos este tipo de desorganização”

DESTAQUE POLÍTICA SOCIEDADE

O antigo Primeiro – Ministro, Alberto Vaquina, teceu duras críticas ao actual modelo de governação. Segundo Vaquina, os moçambicanos estão habituados a uma melhor organização e, por isso, defende que é tempo de dizer “não merecemos este tipo de desorganização”.

O autoproclamado “Empregado do Povo” caminha a passos largos de encerrar o seu segundo e último ciclo de governação, sendo que nos últimos 10 anos os moçambicanos não tiveram muitos motivos para sorrir.

O elevado custo de vida, o fechamento do espaço cívico e a situação do terrorismo na província de Cabo Delgado marcaram a governação de Filipe Nyusi.

Fazendo uma analogia da situação social e política do país, o antigo Primeiro – Ministro e membro do Comitê Central da Frelimo, Alberto Vaquina, não tem dúvidas de que Moçambique está habituado a uma melhor organização, daí que defende que chegou o momento de colocar um travão na actual desorganização.

Este país está habituado a melhor organização. Se está habituado a melhor organização é tempo de dizer que nós não merecemos este tipo de desorganização. Olhando para os resultados, olhando para como as coisas acontecem sou levado a acreditar que há muitos aspectos da nossa vida pública, como cidadãos, como comunidades que deviam ser geridas da melhor forma e muito mais cautelosos, não de forma atabalhoada e não de forma a colocar as pessoas de forma periférica em relação aos seus direitos e deveres”, rematou Alberto Vaquina durante o CIPCAST.

Numa altura que dentro da Frelimo se discute a sucessão de Filipe Nyusi, Vaquina defende que Moçambique deve melhorar na organização dos processos eleitorais com vista a não dar oportunidade ao inimigo invadir o país que, segundo ele, já está martirizado.

“A forma como organizamos os processos tem que melhorar para que não haja espaço para que aqueles que tem outros motivos encontrarem nisso uma oportunidade de invadir, de subjugar o nosso país, nós que já estamos martirizados”.

Facebook Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *