Contratos precários nas empresas jornalísticas preocupam CSCS  

DESTAQUE SOCIEDADE

No dia que se celebra do dia do Jornalista Moçambicano, o Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS) mostrou-se preocupado com a prevalência de contratos precários no grosso das empresas jornalísticas. Contudo, defende que o conjunto destes problemas não justificam as práticas antiéticas e a perda de dignidade profissional.

Celebra-se nesta quinta-feira, 11 de Abril, o dia do Jornalista Moçambicano. A efeméride é sinônimo de festa para os jornalistas nacionais pelos feitos alcançados nos últimos anos e, ao mesmo tempo, de reflexão para os desafios que a classe ainda tem pela frente.

Na mensagem por ocasião da celebração do Dia do Jornalista Moçambicano, Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS) destacou a importância dos profissionais da comunicação social em fornecer ao público ferramentas para entender o mundo político, social económico ao seu redor, permitindo que este questione, pondere e, finalmente, participa activamente na sociedade.

Apesar de reconhecer a importância do jornalista moçambicano na iluminação dos cantos mais obscuros da sociedade, o CSCS mostrou-se preocupado com a prevalência de contratos precários no grosso das empresas jornalísticas. No entanto, defende que que o conjunto destes problemas não justificam as práticas antiéticas e a perda de dignidade profissional.

“O Conselho Superior da Comunicação Social toma esta oportunidade para manifestar a sua preocupação às más condições de trabalho e a prevalência de muitos contratos precários que predominam em muitas empresas jornalísticas em todo o país. Entendemos que, o conjunto destes problemas, embora não o justifiquem, também proporcionam à vulnerabilidade jornalistas, a práticas antiéticas e a perda de dignidade profissional, fenómenos lamentavelmente, têm vindo a agravar-se”.

Por outro lado, o Conselho Superior da Comunicação Social aponta que torna-se quase um imperativo recordar um dos feitos mais marcantes da classe jornalística moçambicana, destacando que a mesma expõe as fragilidades dos três poderes.

“Não obstante a todas as contingências, parte das quais se referem à inobservância dos princípios fundamentais do jornalismo no que concerne aos princípios da ética e a deontologia profissional, os jornalistas têm sido os guardiões do debate público, os que desafiam a narrativa dominante. Tem sido os profissionais que expõem as fragilidades dos três poderes instituídos e as injustiças sociopolíticas”

O Conselho Superior da Comunicação Social aproveitou as celebrações do dia do Jornalista Moçambicano para deixar uma palavra de apresso e, sobretudo, reconhecer o trabalho feito por jornalistas que exercem a actividade em empresas jornalísticas privadas que, visando o lucro, deparam-se com a editorial já definida e com limites estabelecidos virados para o efeito

Facebook Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *