Araújo diz que modelo de descentralização só trouxe mais despesas públicas

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Enquanto Primeiro-Ministro defendeu o aprofundamento de reflexões com vista o alcance de um modelo de governação descentralizado que corresponda à dinâmica da realidade sócio-política e económica do país, o edil de Quelimane, Manuel de Araújo, teceu duras críticas ao actual modelo de descentralização, referido que o mesmo só veio aumentar as despesas públicas.

Foi à margem da IV Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Coordenação e última do presente ciclo de governação, que decorreu na Cidade de Pemba, que o Edil de Quelimane que o actual modelo de descentralização coloca a máquina administrativa mais pesadas, ou seja, só trouce mais despesas públicas.

“Este modelo o que trouxe foi aumento de despensas públicas, porque não faz sentido termos um Secretário de Estado e Governador no único sítio, cada um deles ter dois motoristas, cada um deles ter ADS, cada um deles ter quatro secretárias. Qual é o resultado final? É aquilo que nós vimos no dia-a-dia, e que né o Governador e né Secretário de Estado tem dinheiro para dar ajuda de custos para os seus colaboradores, para ir aos distritos, né tem combustível para ir visitar os distritos, então, o Governador fica olhado para o Secretário de Estado e o Secretário de Estado fica olhado para o Governador, portanto, à uma exiguidade de recursos”, declarou Manuel de Araújo.

Para Araújo, o aumento da despesa pública com o actual modelo de descentralização está por detrás da falência do Estado e acaba se refletindo na vida dos funcionários públicos, com destaque para médicos e professores.

“Temos cinco pessoas no mesmo sitio a dirigir as mesmas pessoas, isso não faz sentido, o nosso país está falido, não temos vergonha de dizer isso, é por isso que nós temos os problemas de salários, é por isso que os nossos militares não te logística, os nossos Professores não te salários, os nossos médicos não recebem, os militares não recebem e o resultado disso temos ameaças de greve”, referiu.

De referir que esta foi a última Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Coordenação do presente ciclo de governação.

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