Em Novembro do ano passado, um grupo de turistas estrangeiros, composto por cinco elementos, que ocupava um iate, foi interceptado pela Polícia da República de Moçambique (PRM) na Ilha de Moçambique que, ao invés de protege-los, usou o excesso de zelo para extorqui-los, sendo que, para além de maus tratos, os ameaçou de morte. O facto foi tornado público, recentemente, através uma carta enviada pelo empresário sul-africano, Richard Bay, por sinal um dos integrantes do grupo de turistas, ao Governo moçambicano.
Moçambique tem sido um destino de eleição para vários turistas do mundo devido as suas belas praias e parques. No entanto, as autoridades da lei e ordem olham para os cidadãos estrangeiros como uma soberana oportunidade para ganhar dinheiro ilicitamente.
A título de exemplo, um grupo de terrorista denunciou que, em Novembro do ano passado, quando escalou a província de Nampula, concretamente na Ilha de Moçambique, foi alvo de extorsão e ameaças de morte por parte dos agentes da Polícia da República de Moçambique.
De acordo com o empresário Richards Bay, os agentes da PRM alegaram que o grupo de turistas não estava credenciada para explorar o local.
“Fomos então ameaçados com prisão se não pagássemos todas as multas e taxas exigidas a nós. Apresentámos recibos de nossas taxas de entrada pagas em Pemba, incluindo as taxas de imigração. O oficial responsável confiscou os recibos e todos os nossos documentos da embarcação e pessoais, e novamente exigiu pagamento pelas alegadas atrocidades que tínhamos cometido”, conta o empresário denunciando ainda que seus documentos “foram levados para um escritório nos fundos e retidos. Os policiais e oficiais militares foram chamados a apontaram seus rifles de assalto AK 47 e ameaçaram nos prender se não pagassem as vastas somas exigidas”.
Bay descreve na carta que foi um clima intenso e duradouro para o grupo, enquanto a polícia simplesmente pressionava os de modo a fazerem pagamentos por eles desconhecidos, pois, já haviam efetuados. Perante esta situação, os turistas decidiram nunca mais colocar os pês em Moçambique.
“Nenhum de nós jamais voltará a Moçambique. O tratamento de turistas pagantes é desprezível, míope e repugnante. Os funcionários agiram com impunidade e total desrespeito pelo interesse do seu país, sua economia e com pouco respeito pelos muitos benefícios derivados da recepção de turistas em seu país empobrecido” disse o empresário.
Para além de criticar o estágio das infrastruturas que encontrou durante a sua estada em território nacional, assegurou que pretende criar um programa na internet para minuciosamente relatar ao mundo inteiro o tratamento “desumano” que foram sujeitos em Moçambique.
“Estamos compilando um podcast no YouTube deste incidente para o mundo ver. Seu tratamento e desprezo pelos direitos humanos básicos serão expostos globalmente”, lê-se na carta do empresário.
Por sua vez, o Governo, através da ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, garantiu que o caso está a ser investigado com vista a neutralizar os protagonistas.
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