Mulheres representam maior percentagem de inscritos no recenseamento eleitoral

DESTAQUE POLÍTICA
  • Segundo pesquisa da plataforma eleitoral DECIDE

Comparativamente com os homens, mulheres lideram a percentagem de participação no recenseamento eleitoral prestes a findar. Segundo o estudo feito e publicado na semana finda pela plataforma eleitoral DECIDE, 92% das mulheres inquiridas referiram já terem recenseado, enquanto apenas 8% das inquiridas ainda não se haviam recenseado. Já do lado dos homens 91% dos inquiridos declararam já terem recenseado, enquanto 9% ainda não tinham adquirido os cartões que os habilitarão a eleger e ser eleito nas eleições gerais de 09 de Outubro próximo.

Jossias Sixpence – Beira

A plataforma eleitoral DECIDE tem realizado estudos mensais para auferir o nível de participação nas eleições gerais de 9 de Outubro próximo, com objectivo de medir o pulsar e criar acções de mitigação para evitar o nível alto de abstenção, através de mensagens educativas sobre o papel das eleições.

Após os resultados dos estudos mensais, os activistas deste movimento transmitem mensagem nas comunidades, visto que os inquéritos, com questões abertas, permitem medir o nível de satisfação sobre a gestão do processo eleitoral.

O mais recente estudo envolveu mais de 10 423 inquiridos e foi realizado em 11 capitais provinciais, 88 distritos do país, com uma margem de confiança de 93.5%, tal como mandam as regras.

Os dados mostram uma tendência de maior adesão de mulheres ao processo de recenseamento eleitoral, em relação aos homens, mas a diferença é ligeira. Do universo de mulheres ouvidas, 92%  afirmaram ter já recenseado e apenas 8 % das inquiridas ainda não se haviam recenseado, enquanto os homens recenseados correspondem a 91% e 9% dos inquiridos não haviam ainda se recenseado.

Entretanto, apesar dos homens terem aderido em menor percentagem no processo de recenseamento comparativamente às mulheres, a pesquisa indica que os homens mostram maior determinação em ir votar no dia 09 de Outubro, com 77% dos inquiridos a afirmarem estarem prontos a irem às urnas, enquanto apenas 70% das mulheres mostraram vontade de votar.

Este cenário, segundo a plataforma DECIDE, revela que das mulheres inquiridas 88% não confiam nos órgãos eleitorais e 12% confiam nos órgãos eleitorais, enquanto que nos homens, apesar de levar uma ligeira desvantagem no recenseamento, lideram na confiança dos órgãos eleitorais, que correspondem 83% dos inquiridos que não confiam e 17% confiam nos órgãos eleitorais.

De referir que nas eleições de 2023, as mulheres constituíram 53% de eleitores recenseados, o que mostra que as mulheres estão cada vez mais interessadas nos processos democráticos. Dados das eleições anteriores mostram que a abstenção de eleitores tem aumentado desde as primeiras eleições gerais de 1994, sendo as mulheres um dos maiores abstencionistas.

Alguns inqueridos interpeladas pela plataforma DECIDE apelaram as entidades policiais para não serem protagonistas de violência contra as mulheres nas eleições, como tem sido nos outros pleitos, como forma de alcançar a meta da percentagem apresentada pela plataforma.

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