Está difícil o parto do sucessor de Filipe Nyusi: Comissão Política termina sem nome

DESTAQUE POLÍTICA

Continua a não haver consenso entre os membros da Comissão Política em torno dos nomes dos pré-candidatos à sucessão de Filipe Nyusi. Após mais uma sessão marcada por um debate aceso, não houve “fumo branco”, o que levou os membros da Comissão Política a interromper os trabalhos, deixando a decisão sobre a short list para as primeiras horas do dia de manhã, quando voltarem a reunir, antes do arranque do Comité Central Extraordinário.

Mais uma vez uma sessão da Comissão Política termina sem nomes dos prováveis pré-candidatos. Desta vez, a sucessão até foi agenda única, mas os camaradas estão longe de chegar a entendimento diante de uma lista extensa.

“Havia muitos nomes e o debate é aceso. São vários candidatos, mas em princípio a lista será reduzida para três nomes”, declarou Francisco Mucanheia, porta-voz do Gabinete Eleitoral, depois de anunciar que aquele órgão ainda não tem a proposta das candidaturas da Frelimo à Presidente da República, que, em princípio, já devia ter sido submetida ao Comité Central, o órgão deliberativo mais importante no espaço entre os Congressos.

“Hoje a Comissão Política esteve na fase de consideração dos nomes dos prováveis candidatos. Nesse sentido começamos a ficar claros em relação a este aspecto. No entanto, havendo necessidade de ainda continuarmos a aprofundar esta matéria, a Comissão Política, após um intenso debate decidiu interromper os trabalhos, para retomar amanhã as 09 horas, na Escola Central do partido na Matola, horas antes do início da sessão”, declarou.

Num processo completamente apertado, após a divulgação da short list, os nomes dos pré-candidatos serão afixados na parte exterior da sala de congressos e iniciará uma breve campanha em que os “sortudos” poderão vender o seu peixe junto dos membros do Comité Central que tem direito de voto.

 Em relação ao facto dos dois presidentes honorários do partido não terem recebido formalmente convite para a sessão extraordinária de amanhã, Mucanheia não negou, nem confirmou o facto tendo apenas se limitado a referir que Chissano e Guebuza “como presidentes honorários tem pleno direito de estar, portanto, é uma informação não correcta”.

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