Para a organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF) a liberdade de imprensa em todo mundo está a ser ameaçada pelas mesmas pessoas que deveriam ser o seu guardião, ou seja, as autoridades políticas. Olhando para o caso de Moçambique, a RFS conclui que a reeleição de Filipe Nyusi não freou o declínio da liberdade de imprensa no país.
Foi à margem das celebrações do Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, que se assinala nesta sexta-feira, 03 de Maio, que a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou o Índice Mundial de Liberdade de Imprensa 2024: Jornalismo sob pressão política.
Naquele documento, a RFS refere a liberdade de imprensa em todo o mundo está a ser ameaçada pelas mesmas pessoas que deveriam ser o seu guardião, as autoridades políticas, tendo referido registou uma queda média global de 7,6 pontos.
Relativamente a Moçambique, o relatório daquela organização não governamental observa que “a reeleição de Filipe Nyusi e o frágil acordo de paz alcançado com a ex-rebelião armada não frearam o preocupante declínio da liberdade de imprensa”.
Em comparação com o ranking do ano passado, no presente, Moçambique passou da 102ª para a 105ª com 52,42 pontos, por sinal menos 3,71 em relação a actualização anterior.
O Cabo Verde continua entre os países africanos de língua portuguesa a ser o melhor colocado e o único que integra o grupo de países em situação satisfatória, porém, caiu oito lugares e ocupa agora a 41ª posição, enquanto Angola que deixou o grupo de Estados em situação difícil para problemática, ocupando actualmente o 104º lugar com 52,44 pontos.
Refira-se que a Noruega consolidou a liderança da lista dos países com melhores condições para exercer o jornalismo pelo sétimo ano consecutivo. A Dinamarca segue na segunda posição, enquanto a Suécia completa do pódio.