Os últimos dois dias têm sido de facas longas e de difícil parto para a eleição do candidato presidencial no seio do partido no poder. Ainda que a Comissão Política da Frelimo tente impingir Roque Silva como candidato, a Comissão Central finca pé e exige um homem com credenciais e idoneidade para gerir o país. Mas os problemas do Nyusi e sua fauna acompanhante não se esgotam no Comité Central, há muitos no partido que querem ver Roque longe da gestão da Frelimo e do país, como atesta um texto posto a circular nas redes sociais, nas últimas horas.
O artigo acusa Sónia Macuvel de continuar a desenhar estratégias maquiavélicas para colocar Roque Silva como candidato único a sucessão de Filipe Nyusi. Este exercício é feito através de intimidações aos primeiros secretários provinciais, alegando que são orientações do Nyusi para que se orientem os membros dos comités centrais provinciais a votarem em Roque Silva este domingo, tido como o dia derradeiro de todas as decisões.
A estratégia passa por obrigar os primeiros secretários provinciais a tudo fazer para colocarem Roque no poder e como moeda de troca serão nomeados governadores e secretários de Estado.
A missiva posta a circular explica que, Sónia sabe que se Roque Silva não for eleito os seus escândalos financeiros, os desvios de fundos do partido e das empresas participadas hão-de vir à tona e com risco de uma auditoria que pode colocar em maus lençóis a ela e seu chefe.
Vistas as coisas à lupa, tem sido claro que nas últimas horas, os membros do Comité Central sofrem intimidações para dançarem a música do Nyusi, como atesta a presença de um forte contingente militar na Escola do Partido, local onde deve ser eleito o candidato presidencial.
O artigo que temos vindo a citar termina levantando questões: “Será que a Frelimo é de Nyusi, Sónia, Roque Silva e dos lobistas? Até quando a Frelimo vai continuar refém de membros com condutas duvidosas e suspeitas que contrariam os princípios do partido?”, questiona para depois sugerir aos membros do Comité Central a não vergar e que “se necessário que se faça uma moção de censura e destituir toda a Comissão Política por deixarem que as coisas cheguem a este nível com gente muito experiente na liderança do partido.
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