O Presidente da República, Filipe Nyusi, revelou, na última semana, que os insurgentes atacaram a Vila de Macomia, mas não lograram os seus intentos devido a pronta intervenção das Forças de Defesa e Segurança. Relativamente ao frustrado ataque, a Human Rights Watch refere que havia crianças – soldados entre os terroristas que atacaram aquele distrito da província de Cabo Delgado.
Na nota de imprensa, datada de 15 de Maio corrente, a Human Rights Watch (HRW) não confirma que as crianças – soldados participaram dos confrontos com as Forças de Defesa e Segurança.
“O recrutamento e utilização de crianças menores de 15 anos como crianças-soldado é um crime de guerra… Não está confirmado se as crianças também participaram na luta contra as Forças Armadas do Governo. Várias testemunhas, incluindo familiares dos rapazes, disseram à Human Rights Watch que entre os combatentes do `Al-Shabab` que participaram no ataque estavam dezenas de rapazes portando cintos de munições e espingardas de assalto tipo AK. Duas pessoas da mesma família disseram ter reconhecido o sobrinho de 13 anos entre as crianças”, refere a nota.
De acordo com a investigadora da HRW, Zeinada Machado, citada na nota, os terroristas devem libertar imediatamente todas crianças, visto que este modus operandis é ilegal e aumenta horrores do conflito na província de Cabo Delgado.
“A utilização de crianças como soldados pelo grupo armado Al-Shabab é cruel, ilegal e só aumenta os horrores do conflito de Cabo Delgado (…) O ´Al-Shabab` deve libertar imediatamente todas as crianças das suas fileiras e impedir qualquer recrutamento adicional”, refere Zeinada Machado para posteriormente instar as autoridades para redobrarem esforços para reter as crianças na escola.
“As autoridades moçambicanas, os grupos armados e os parceiros internacionais devem intensificar os seus esforços para garantir que as crianças permaneçam seguras na escola e em casa e manter as crianças fora do campo de batalha”.
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