A Médicos Sem Fronteiras (MFS) decidiu suspender a sua missão no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, na sequência do ataque dos terroristas ocorrido no dia 10 do corrente mês de Maio.
Aquela organização não governamental revelou que na referida emboscada dos insurgentes foram saqueados medicamentos, equipamentos médicos e viaturas. No entanto, garantiu que todos os funcionários estão livres do perigo.
“Durante o ataque, as instalações de Médicos Sem Fronteiras foram saqueadas. Todos os profissionais de MSF encontram-se em segurança. No entanto, medicamentos, equipamentos médicos e carros foram roubados… a MFS condena o uso da violência contra a sua missão médica”, refere a MFS no seu comunicado.
A Médicos Sem Fronteiras mostrou-se preocupada com uso de equipamentos com o seu timbre, uma vez que esta situação pode criar uma percepção errada no seio das comunidades da província de Cabo Delgado.
A MFS, por outro lado, que o ataque ocorrido no dia 10 de Maio “forçou a organização a suspender todas as suas actividades em Macomia, contudo, garantiu que “continua empenhada em oferecer cuidados médicos nos seus outros projetos em Cabo Delgado”.
Refira-se que ainda no comunicado que o Evidências teve acesso, para além de referir que Cabo Delgado é uma das províncias mais pobres de Moçambique, sublinha que prestava serviços de saúde primários e atividades que salvavam vidas na sua maternidade e unidade de emergência, para uma população de mais de 150.000 pessoas. As equipas da MSF asseguravam igualmente o encaminhamento de pacientes para o hospital mais próximo, em Pemba, a três horas de carro em uma zona de conflito”.
Facebook Comments