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Abdul Kara acusado de usar telefone na cadeia e criar contas falsas para ameaçar pessoas

Um cidadão sul-africano de nome Abdul Kara, detido em Março último na sequência de um ardiloso esquema de fraude fiscal, em coordenação com alguns funcionários da Autoridade Tributária em Tete, que culminou com o roubo de cerca de 82 milhões dos cofres do Estado, através de falsificação de documentos para obter reembolso ilegal do IVA, está a ser investigado por supostamente usar telemóvel a partir da cadeira e ter criado inúmeras páginas nas redes sociais para difamar e chantagear algumas pessoas, incluindo empresários da praça.

Abdul Kara, que sempre se apresentou como empresário sul africa, foi tirado de circulação, após a descoberta de um esquema de desvio de dinheiro dos cofres do Estado, através do recobro de reembolso do IVA recorrendo a facturas falsificadas em nome da sua empresa, denominada Pro Fuel Lda.

O esquema contava com a colaboração de alguns funcionários desonestos da Autoridade Tributária de Moçambique na província de Tete e lesou ao Estado em cerca de 82 milhões de meticais por via de reembolso irregular do IVA.

O caso foi despoletado através de uma denúncia e após uma investigação, a secção criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo emitiu um mandado de prisão em Março que culminou com a sua detenção, acusado da prática de peculato, corrupção activa e falsificação de documentos.

Entretanto, mesmo na cadeia o arguido tem acesso a um celular a partir do qual usa vários números para manter contactos com o exterior da cadeia e é acusado de ter criado páginas e grupos na rede social Facebook com o fim último de difamar e chantagear alguns empresários da praça.

Uma das páginas que se supõe que esteja a ser por si usada, foi aberta em nome da Televisão de Moçambique e dedica-se a publicar informações falsas sobre várias pessoas.

A referida página, segundo fontes, chegou a ter 121 mil membros associados e nela o arguido, que aguarda pelo julgamento em prisão preventiva, tem publicado vários conteúdos difamatórios contra alguns empresários nacionais, sobretudo baseados na cidade de Tete, como forma de vingança, supostamente por o terem denunciado às autoridades competentes.

Não se sabe ao certo como é que tem acesso a um telefone celular estando preso, no entanto, informações indicam que já está em curso uma outra investigação contra o mesmo.

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